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Palco e Memória

Publicado em: 17/12/2021 |


2021 trouxe muitos momentos de mudança e renovação, mas também de grandes conquistas.

Ainda marcados pelas inúmeras perdas do ano anterior,  2021 foi um período de prestar homenagens. Em janeiro, a escola lançou o livro “Teatro de Grupo na Cidade de São Paulo e na Grande São Paulo: Criações Coletivas, Sentidos e Manifestações em Processos de Lutas e de Travessias”. A publicação é um registro histórico, o conteúdo fala do repertório, processo criativo e método de trabalho de 194 coletivos locais. Além de toda a potência e importância que traz a publicação da obra, foi feita em conjunto a inauguração do selo “Lucias”, uma iniciativa da SP para honrar Lucia Camargo, grande expoente do teatro brasileiro e uma das coordenadoras da Escola, que faleceu em 2020.

A instituição contou com uma grande cobertura da imprensa; o lançamento do livro resultou numa entrevista do diretor executivo da SP, Ivam Cabral, ao jornalista e apresentador Rodrigo Bocardi, no Bom Dia SP, transmitido pela Rede Globo.

Motivo de intenso orgulho para a SP, os estudantes brilharam muito em 2021, com uma prolífica produção artística desde o início do ano! Em janeiro, aconteceu a apresentação dos estudantes do curso técnico na Mostra de Teatro Digital. Os alunos da SP produziram criações cênicas voltadas para o trabalho do ambientalista, escritor e líder indígena Ailton Krenak, e os espetáculos foram transmitidos de forma digital.

O músico Tom Zé prestigiou o início do semestre letivo do curso técnico e o evento foi transmitido nos canais digitais, com mediação dos coordenadores Marici Salomão e Guilherme Bonfanti. Foram feitas mesas de discussão com temáticas atuais e urgentes, como “obsolescência programada” e “comunicação não violenta”.

Nos projetos complementares e de extensão da escola, pode-se incluir a 9ª edição da SP Transvisão, ação que celebra a diversidade e o respeito que a Instituição tem com as pessoas trans. O projeto é uma parceria com a Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa, com a Secretaria de Justiça e Cidadania e conta com o apoio de grupos e entidades de luta pelos direitos humanos.

O ensino remoto trouxe desafios, mas também possibilitou uma nova maneira de se relacionar com o mundo e de enxergar possibilidades das mais diversas perspectivas. O intercâmbio virtual Teatro Telemático Brasil-Suíça-Cingapura foi uma delas, realizado pelo departamento de projeto internacionais da Instituição. Em 2021, ele deu aos estudantes da escola a oportunidade de participar de aulas práticas e simultâneas com a Universidade das Artes de Zurique (ZHdK) e a Faculdade das Artes de Cingapura (LASALLE), ampliando os horizontes e acessando conhecimentos sobre tecnologia, distopia e a cultura cyberpunk.

Em ambientes majoritariamente digitais ocorreram inúmeros eventos formativos, cursos de curta duração e ações culturais que obtiveram um número expressivo de espectadores. Em maio, tivemos a 1ª Mostra Aldir Blanc na SP Escola de Teatro que contou com cerca de 1000 participantes de diferentes estados, composto por 12 espetáculos das cinco regiões brasileiras que foram analisados por 12 comunicadores digitais convidados. O evento foi de suma importância, pois marcou o aumento da influência da escola, que atingiu  um novo público, não tão familiarizado com o teatro, e de fora do eixo Rio-São Paulo.

A Mostra de Experimentos Cênicos realizada em julho, pelos estudantes da SP, também foi de muito sucesso, com cerca de 4000 espectadores, a temática abordada foi de suma importância na contemporaneidade sobre comunicação e consumo. O trabalho foi realizado em cima das obras do dramaturgo Mark Ravenhill e Lucas Bambozzi, e as montagens foram apresentadas através da plataforma Sympla da Instituição, com acesso gratuito. Nesse mesmo mês foram divulgados os resultados finais dos aprovados no Processo Seletivo da Escola, com a aula inaugural em agosto com a participação dos renomados artistas Dani Ornellas e Jeferson De.

Por fim, a SP Escola de Teatro iniciou a programação de celebração dos 100 anos da Semana de Arte Moderna de 1922, com seminários, residências artísticas, leituras dramáticas, performances, ações nas redes sociais, entre outras manifestações artístico-pedagógicas.

Alguns dos ilustres profissionais convidados este ano foram:
Aldrey Hibbeln, Alicio Silva, Aline Filócomo, Alvaro Assad, André Fischer, Abigail Leal, Gabriela Argento, Gloria Amaral, Gregory Slyvar, Heron Demétrius, Hailey Kaas, Helder Aragão (DJ Dolores), Janaina Leite, Jé de Oliveira Malu Bazan, Márcio Tadeu, Maria Bonomi, Anderson Claudir, André Mendes, Cezar Renzi, Christian Landi, Clayton Nascimento, Daniela Biancardi, Denise Mattar, Denizart Fazio, Eliana Monteiro, Gabriel Cândido, Higor Lemos.