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Série Grandes Diretores: José Celso Martinez Corrêa

Publicado em: 11/05/2021 |

Arquivos SP Escola de Teatro

A SP Escola de Teatro segue em sua série de minibiografias de grandes diretores da história do teatro mundial.

Na lista, há importantes nomes, como Vitor Garcia, João das Neves e Ariane Mnouchkine.

Nesta terça-feira, 11, nosso homenageado é o diretor e fundador do monumental Teatro Oficina Uzyna Uzona José Celso Martinez Corrêa; confira!

José Celso Martinez Corrêa:

Um dos mais importantes encenadores do teatro nacional, José Celso Martinez Corrêa nasceu em Araraquara em 1937.

Ingressa na Faculdade de Direito do Largo São Francisco (USP), onde entra no Centro Acadêmico XI de Agosto, onde funda o grupo de teatro amador Oficina, no final da década de 1950.

Série Grandes Diretores: Victor García

Em 1958, seu primeiro texto, Vento Forte Para um Papagaio Subir e A Incubadeira, também de sua autoria, são produzidos pelo Oficina sob direção de Amir Haddad.

Em 1961, o Oficina inicia sua trajetória profissional em um espaço alugado na Rua Jaceguai, no Bixiga, abrindo a programação com o espetáculo A Vida Impressa em Dólar, de Clifford Odetts. Esta foi a primeira direção de Zé Celso, que contou com Fauzi Arap, Célia Helena e Eugênio Kusnet no elenco. O espetáculo lhe rendeu o prêmio revelação como diretor pela APCT (Associação Paulista de Críticos de Teatro).

Série Grandes Diretores: Ariane Mnouchkine

Todo Anjo é Terrível, de Ketti Frings, foi montado e dirigido por ele no ano seguinte, com a participação da grande atriz franco-brasileira Henriette Morineau no elenco.

Já em 1963, o Oficina inicia sua fase realista, baseada no método Stanislavski, com o espetáculo Pequenos Burgueses, de Máximo Gorki, dirigido por Zé Celso. A produção foi um enorme sucesso e rendeu a ele todos os prêmios de melhor direção do ano, entre eles, Prêmio Governador do Estado, Prêmio SACI de Teatro e APCT, tornando Zé Celso um dos mais talentosos e originais diretores, e o espetáculo, de acordo com a crítica, um marco histórico.
Este espetáculo, em 64, foi suspenso pelas autoridades militares que tomaram o poder, mesmo ano que o grupo de Zé Celso, transaciona, em resposta à situação política do país, do realismo de Stanislavski, para o teatro épico de Bertolt Brecht.

Confira as 10 minibiografias da série Grandes Cenógrafos da SP Escola de Teatro

Na segunda metade da década de 1960, Zé Celso dirige O Rei da Vela, de Oswald de Andrade, espetáculo-manifesto do movimento tropicalista, Na Selva das Cidades, Galileu Galilei, ambas de Bertolt Brecht, além da sua primeira experiência fora do Oficina, Roda Viva, de Chico Buarque de Hollanda, no RJ.

Em 1970, Zé Celso realiza worshops e oficinas, em um intercâmbio entre o Oficina e o The Living Theater, grupo norte-americano.

Nos anos seguintes, dedica-se à edição do filme de O Rei da Vela, viaja para Moçambique, onde realiza o filme 25, retornando para São Paulo apenas em 1978, onde rebatiza o grupo com o nome Uzyna Uzona.

Série Grande Cenógrafos: Daniela Thomas

No início da década de 1990, Zé Celso dirige e atua no espetáculo As Boas, de Jean Genet, ao lado de Marcelo Drummond e Raul Cortez. Além de dirigir o espetáculo Ham-let, baseado na obra de William Shakespeare, com o qual recebe os prêmios Shell e Mambembe.

As Bacantes, de Eurípides, Para Dar Um Fim no Juízo de Deus, de Antonin Artaud, Os Sertões, de Euclides da Cunha, e Boca de Ouro, de Nelson Rodrigues são alguns dos muitos sucessos dirigidos por Zé Celso.




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