EN | ES

 Em Cartaz / EVENTOS PASSADOS

FILTRAR POR:
  • Todos
  • Sala Vange Leonel
  • Sala Alberto Guzik
  • Sala Antonio Pompêo
  • Sala Hilda Hilst
  • Saguão Roosevelt
  • #CulturaEmCasa
  • SP Escola de Teatro Digital

Sala Vange Leonel

Cachorro Enterrado Vivo

Foto: Divulgação

Vencedor do prêmio APCA 2016 na categoria Melhor Ator, o espetáculo é o primeiro solo do mineiro Leonardo Fernandes. Em cena, ele interpreta um cão e um homem que dividem uma vida e passam também a dividir a mesma dor.

“Cachorro Enterrado Vivo” explora a diferença entre instinto e razão, crueza e delicadeza. São três solilóquios em que diferentes personagens fazem parte da mesma situação: um vigia de um terreno aceita a proposta de um homem para fazer a cova e enterrar um cachorro. O homem, então, volta e traz consigo o animal vivo.

Ficha técnica:
Texto: Daniela Pereira de Carvalho | Direção: Marcelo do Vale | Atuação: Leonardo Fernandes | Preparação corporal: Eliatrice Gischewski | Cenário e figurino: Cícero Miranda | Trilha sonora original: Márcio Monteiro | Criação de luz: Wladimir Medeiros | Técnico de luz: Daniel Hazan | Projeto gráfico: Lampejo | Fotografia: Lia Soares e Suzana Latini | Cenotécnico: Ronaldo de Deu | Produção executiva: Eliatrice Gischewski | Produção: Leonardo Fernandes | Temporada: De 1º a 30 de outubro de 2017.

O Corpo da Mulher como Campo de Batalha

Foto: Cassandra Mello/Divulgação

A montagem, com texto do romeno naturalizado francês Matéi Visniec, narra a relação de uma mulher vítima com uma terapeuta norte-americana. Elas se encontram em um hospital, no final da Guerra da Bósnia, em 1994, e tentam dar força uma a outra para seguir suas trajetórias.

“O Corpo da Mulher como Campo de Batalha” explora os limites entre o documental e a poesia e discute a violência contra a mulher, o estupro, extremismo e aborto. A versão paulista da peça (ela já foi montada no Rio de Janeiro por Fernando Philbert) tem direção de Malú Bazán e une no elenco as atrizes Camila Turim e Patricia Pichamone.

Matéi Visniec é considerado por críticos europeus um seguidor da obra de Eugène Ionesco (1909-1994), pela força do teatro do absurdo presente em seus textos.

Ficha técnica:
Texto: Matéi Visniec | Direção: Malú Bazán | Elenco: Camila Turim e Patricia Pichamone | Cenário: Anne Cerrutti | Figurino: Anne Cerrutti e Cibele Gardin | Audiovisual e fotos: Cassandra Mello | Desenho de luz: Miló Martins | Operação de luz: Fernanda Guedella | Produção executiva: Larissa Barbosa | Coordenação de produção: Camila Turim | Produção: CAO – Como Amar o Outro | Temporada: De 1º a 30 de outubro de 2017.



Sala Alberto Guzik

O Nome das Coisas

Em comemoração ao centenário de nascimento da portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004), primeira mulher vencedora do Prêmio Camões (principal honraria concedida a um escritor em língua portuguesa), feito ocorrido há 20 anos, a Cia. dos Infames e a Cia. Dramática em Exercício apresentam na unidade Roosevelt o espetáculo “O Nome das Coisas”. 

Em cartaz entre 5 de julho e 5 de agosto, a peça coloca em cena uma mulher, também escritora, que usa o silêncio da madrugada para imaginar e dar vida aos personagens que lhe surgem no ar, entremeando a narrativa com passagens biográficas da protagonista da história. O texto dramatúrgico, assinado por Henrique Zanoni, diretor do espetáculo, é inspirado em contos, poemas e reflexões de Andresen – considerada uns dos maiores nomes da poesia lusitana. 

A personagem, uma representação de Sophia, revê fatos importantes de sua trajetória, como a resistência ao regime salazarista e a amizade que construiu com outros poetas importantes do universo lusófono, a exemplo de João Cabral de Melo Neto e Cecília Meirelles. O solo é protagonizado pela atriz Suia Legaspe e trata de questões relativas ao amor, ao processo criativo da protagonista, à beleza e ao sentido político da escrita.

“O Nome das Coisas” tem sessões às sextas, sábados, domingos e segundas, na sala Alberto Guzik.

Durante a temporada, em quatro domingos, logo após as apresentações, acontece o Ciclo de Debates Sophia e a Poética em Cena, dividido em quatro mesas temáticas:

07/07 – Num Mar de Sentidos: A poesia de Sophia no mundo contemporâneo – Com Paola Poma e Marici Salomão
14/07 – A Política da escrita e a escrita política: escrever sob o fascismo – Com Eloisa da Silva Aragão e Silvia Gomez
21/07 – A poesia na cena, a poesia em cena: apropriações e desafios – Com Micheliny Verunschk e Dione Carlos
28/07 – O Ator-Poeta – Com Vivian Steinberg Milano e Eliana Teruel

Ficha técnica:
Direção e dramaturgia: Henrique Zanoni | Intérprete: Suia Legaspe | Cenário e figurinos: Carlos Colabone | Iluminação: Aline Santini | Produção: Edinho Rodrigues (Brancalyone Produções) | Preparação Corporal e Fotografia: Beto Amorim | Caracterização: Beto França | Assessoria de imprensa: Pombo Correio | Realização: Cia dos Infames / Cia Dramática em Exercício | Apoio: Secretaria Municipal de Cultura

Entre e Fique à Vontade

Escrito por Vívian Mello, o livro de crônicas “Entre e Fique à Vontade” inspirou um espetáculo homônimo que cumpre temporada na unidade Roosevelt da SP Escola de Teatro de 31 de julho a 29 de agosto. Adaptado pela própria autora, a montagem apresenta reflexões humoradas sobre o amor e os relacionamentos afetivos. 

Na peça, Cacá, Carol e Carolina vivem os dramas característicos da contemporaneidade, como a conflituosa e constante busca por si, pelo outro e pelo sentido da conquista. Encontros e desencontros da mulher contemporânea na busca pela felicidade, e as aventuras desta jornada, também entram em cena.

Depois de uma noite de bebedeira, as personagens relatam histórias baseadas em vivências reais, inserindo pensamentos, desejos e desabafos. As personagens dividem com a plateia essas experiências, as relações, as dúvidas, os conflitos e descobertas sobre relacionamentos e, especialmente, sobre elas mesmas.

“Entre e Fique à Vontade” é encenado às quartas e quintas, às 21h.

Ficha técnica:
Texto: Vívian Mello | Direção: Eduardo Chagas | Elenco: Aline Alhadas, Juliana Alonso e Mariana Fuzka | Figurino: David Loreti e Mariana D’Almeia | Apoio corporal: Camila Venturelli | Cenário: Angela Guidugli e Eduardo Chagas | Fotos: Ian Maenfeld | Produção: Vívian Mello



Sala Antonio Pompêo

Leitura

Neste sábado (23), a sede Roosevelt da SP Escola de Teatro recebe a leitura dramática do texto “Guerra à la Carte”, do Grupo Durame. A atividade, gratuita, acontece às 18h.

Em “Guerra À La Carte” ou “Canhões do Paradigma”, a partir de uma visita insólita, acontece o encontro de pessoas que se relacionam na ambivalência da gentileza e da crueldade em plena guerra. Enquanto ceiam o almoço de domingo animadamente entre destroços e bombardeios, eles notam a presença de um soldado: um inimigo potencial.

Adaptado da obra original “Piquenique no Front” de Fernando Arrabal, considerado um dos mestres do teatro do absurdo, nos coloca em jogo com os horrores da guerra, a opressão dos superiores e a banalização do ser humano.

A leitura é seguida de um bate-papo com Pâmela Duncan, diretora do grupo de teatro físico A Peste – Cia. Urbana de Teatro.

Ficha técnica

Elenco: Cadu Leite, Raul Negreiros e Samara Pereira | Ator convidado para a leitura: Ulisses Sakurai | Visagismo: Stephanie Bergmann | Iluminação: Carmine D’Amore | Fotografia: Gustavo Falqueiro | Roteiro e Direção: Carlla Juliano

 



Sala Hilda Hilst

Página em Branco

O espetáculo trata do questionamento existencial, vontades, anseios, medos, vícios e coragem! Retrata a história de Alice, que está dividida em quatro partes, mergulhada em seu universo de loucuras, medo e solidão. Ela se depara com uma cena de crime e ao mesmo tempo enfrenta uma batalha pessoal para finalmente libertar-se das amarras impostas pela sociedade. A proposta é o mergulho no universo feminino, onde um instante é um universo de acontecimentos.

Ficha técnica:
Direção: Coletivo Floresce Menina | Dramaturgia: Alexia Annes | Elenco: Alexia Annes, Analice Pierre, Letícia Andréa, Isabela Prado. | Elenco de apoio: Natália Codo, Amanda Matos e Bianca Stort. |Assistentes de produção e técnica: Giovanna Annes, Ana Livia Kanno e Gabriele Annes.

Bolhas

Na peça da Cia. do Sereno, mãe e filho se amam na mesma medida em que se machucam. Ela, pastora, de pensamento fundamentalista, e ele, filho único, homossexual, em processo de rompimento com a igreja. Não existe acordo. Vivem em cidades distintas há alguns anos e estão planejando um reencontro. As tensões e expectativas por esse momento se misturam a lembranças de sua conturbada relação. Em cena, ambos presentes, dialogam sem se comunicar.

A obra foi escrita em 2017, no Núcleo de Dramaturgia Sesi – British Council, ocasião em que ganhou a primeira direção de Vinícius Calderoni. Desde então, o texto tem passado por um longo processo de reescrita.

Ficha técnica:
Direção e dramaturgia: Haroldo França | Assistência de direção e preparação corporal: Valéria Lima | Elenco: Adriane Henderson e Pablo Azevedo | Produção: Haroldo França | Sonoplastia e operação de som: Valéria Lima | Figurino e maquiagem: Pablo Azevedo e Valéria Lima | Light designer: Giu Valentim | Operação de luz: Nicholas Duran | Assessoria de imprensa: Bruno Motta e Verônica Domingues (Agência Fática)



Saguão Roosevelt

Lançamento de livro – Como Plumas ao Vento

Evill Rebouças, dramaturgo ganhador e indicado a vários prêmios, entre eles APCA e Shell, lança, no dia 7 de dezembro, às 18h, o livro “Como plumas ao vento – Comme des plumes au vent”.

Exemplar em português e francês, o livro aborda o lugar de (não) pertencimento para refugiados. Foi contemplado com o Prêmio ProAc Editais – Texto de Dramaturgia e resulta de pesquisa com refugiados no Brasil e de experimentos práticos com a Cie. Nie Wiem, na França. O livro será vendido por R$ 25

Teatro Lambe Lambe – Fases da Vida

Uma cristaleira em miniatura, uma caixa e muitas experimentações. Este foi o ponto de partida para a criação do projeto “Teatro Lambe Lambe- Fases da Vida” que reúne três atores, três caixas e três histórias de curta duração. O Teatro de Caixas ou Teatro Lambe Lambe (nome semelhante as antigas máquinas fotográficas do séc. XX), é um mini teatro, um espetáculo assistido através de um orifício na caixa e atende, geralmente, um espectador por vez.

Organizada pela Cia. Fuxico de Teatro, a mostra acontece nos dias 7 e 8 de março (sábado e domingo, das 17h às 19h), no saguão da unidade Roosevelt da SP Escola de Teatro.

Serão apresentadas três narrativas: “A Bailarina”, “O que é felicidade?” e “A Espera”, que apesar de serem espetáculos independentes, são conectados por fases da vida. É um convite ao espectador para vivenciar um momento poético, em um espaço e tempo pouco usuais.



#CulturaEmCasa

Quarentena Festival

De 6 a 12 de abril, o Quarentena Festival é um evento exclusivamente virtual, que reunir artistas do Brasil e de mais dez países, em apresentações via Instagram. A programação reúne peças, filmes, sarau e música.

O festival foi criado pela Cia. Os Satyros, de São Paulo com apoio da SP Escola de Teatro, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo. Todos os artistas participam de forma voluntária.

As apresentações no festival são individuais. Os artistas farão as transmissões diretamente de suas casas, nos seus próprios perfis no Instagram. Entre as atrações confirmadas estão nomes como o ator Thiago Mendonça, que apresenta a peça “Stonewall 50”, as atrizes Maria Fernanda Cândido e Bárbara Paz, que apresentam, cada uma, performances, e os cantores Zeca Baleiro, Alice Caymmi, Flaira Ferro e Igor de Carvalho.

Além dos brasileiros, há, ainda atrações de Portugal, Cabo Verde, Alemanha, Finlândia, Suíça, Espanha, Canadá, Suécia, Inglaterra e Luxemburgo.

Confira a programação completa, clicando aqui.

#TeatroEmCasa: Confira nossa programação online

Assim como outros equipamentos, a SP Escola de Teatro criou uma programação especial na internet para oferecer ao seus seguidores. Assim, está disponível uma série de conteúdos multimídia, como vídeos de espetáculos e de palestras e bate-papos de nomes como as atrizes Fernanda Montenegro, Nathalia Timberg e Denise Fraga, a monja Coen, a escritora Adélia Prado e o pastor Henrique Vieira, além de cursos gratuitos a distância.

O acervo ainda inclui filmes produzidos pela Escola Livre de Audiovisual (ELA) – iniciativa da Associação dos Artistas Amigos da Praça (Adaap), gestora da SP Escola de Teatro – em parceria com instituições internacionais, com a Universidade das Artes de Estocolmo (Suécia).

Acesse: www.spescoladeteatro.org.br/teatroemcasa



SP Escola de Teatro Digital

O Inferno É Um Espelho da Borda Laranja

Crédito da foto: Jezz Chimera

É dele a peça que abre a temporada anual da SP Escola de Teatro Digital, O Inferno É Um Espelho da Borda Laranja. Em performance solo, ele narra uma situação inusitada: uma pessoa insone não consegue dormir em uma madrugada sem fim e precisa encarar o seu inferno, materializado em um velho espelho de borda laranja.

“É a partir desse cenário, dessa situação, que começam a emergir as problemáticas da peça. O espelho representa esse caminho ao inferno interior. Neste processo, essa pessoa acaba encontrando a si própria, inevitavelmente. Mas, nessa trajetória, ela dialoga com questões de foro particular, sociais e políticas”, comenta Wander. Além de atuar no espetáculo, ele também é autor do texto (com dramaturgismo de Elenice Zerneri), dirige e coordena a concepção de iluminação.

Mesmo sem se passar em um tempo determinado, a narrativa é extremamente atual e universal, já que aborda os “ fantasmas que todos nós temos em nossas histórias particulares”, como relata o artista, afirmando que suas inspirações foram as situações controversas e caóticas que experimentamos nos últimos anos em nosso país e no planeta.

Sobre o Brasil, Wander ressalta seu amor pela arte nacional e enfatiza que sua carreira é embasada principalmente por artistas e intelectuais brasileiros.

“As bases do teatro que desenvolvo são totalmente nacionais. A minha maior referência na carreira é o Teatro Essencial de Denise Stoklos, uma mulher contemporânea, viva, que desenvolveu com maestria seu teatro em nosso país. Para mim, é importantíssimo tê-la como mestre”, reitera.

Wander B. teve um 2020 agitado, com o lançamento de seu quinto álbum solo, participação em 8 curtas-metragens, 10 festivais de cinema e desenvolvimento do projeto Uma História Conta Outra, em parceria com Elenice Zerneri, onde os dois escreveram e interpretaram 100 monólogos curtos inéditos em 100 dias.

Agora, a peça O Inferno É Um Espelho da Borda Laranja será apenas um pontapé inicial neste ano tão promissor para o artista, que promete o lançamento de dois livros.

“Sai ainda neste ano O Amanhã Foi Um Dia Sem Precedentes, pela Mocho Edições, em parceria com Elenice Zerneri e com quarta capa escrita por Marici Salomão e prefácio por Alessandro Toller, e ainda Voos Essenciais, Palavras Arregrais, pela Editora da Luminosa Produções Artísticas, um livro com 23 autoras e autores de várias cidades do Brasil e de outras partes do mundo, escrito durante o curso Escritas de Quarentena: Palavras em Movimento em Tempos Sensíveis, ministrado por Denise Stoklos, criadora do Teatro Essencial”, adianta.

Artista múltiplo, Wander B. certamente merece nossos aplausos e parabéns.

A peça cumpre temporada na SP Escola de Teatro Digital, de 13 a 28 de janeiro, com apresentações às quartas e quintas, às 20h. Vendas online AQUI

 

Novo espetáculo da SP Escola de Teatro Digital aborda a vida estressante dos call centers

Lui Vizotto e Marina Merlino/ Divulgação

A nova peça que entra em cartaz na SP Escola de Teatro Digital aborda um tema extremamente atual e polêmico: a vida dos profissionais de telemarketing.

Viva Voz, escrita e dirigida por Herácliton Caleb, estudante egresso de atuação da Escola, cumpre temporada de 2 semanas a partir da próxima quarta-feira, 17, às 20h.

O texto, que já foi publicado pela Editora Efêmera em sua seleção de Peças Curtas, é encenado nos palcos pelos atores Lui Vizotto e Marina Merlino.

Eles interpretam dois operadores de call center que trabalham no turno da madrugada, conhecido como o “horário dos loucos”. Enquanto desenvolvem uma divertida amizade e tentam burlar o tédio do horário, um novo funcionário entra em cena e propõe um outro modo de se portar no ambiente profissional, o que altera perceptivelmente a visão de mundo deles.

“ Meu objetivo com o espetáculo é o de retratar pessoas comuns e suas relações. Essa é a maior ambição de Viva Voz, pois sinto que talvez estejamos cansados de heróis e seus percursos precisos e previsíveis”, explica Caleb, que se inspirou no tempo em que trabalhou como funcionário de telemarketing, quando ainda era muito jovem, para desenvolver a dramaturgia.

Herácliton Caleb, dramaturgo e diretor de Viva Voz, é estudante egresso da SP

Em entrevista ao site da SP Escola de Teatro, o artista revela como surgiu a ideia do projeto, as dificuldades e alegrias do teatro digital e o que o público pode esperar da peça Viva Voz. Confira!

SP Escola de Teatro: A história surgiu após a sua vivência com operador de telemarketing. Qual é o seu objetivo com o espetáculo? Mostrar a rotina estressante dessa dinâmica de trabalho ou o lado positivo e animador dela?

Herácliton: A narrativa surge das minhas reminiscências como operador de telemarketing e de um sonho muito marcante que tive. Eu então fiz o ‘sexo’ das ideias – Um dispositivo recorrente no meu trabalho – e cheguei nessa história inusitada que chamei de Viva Voz. Essa é uma peça que trata dos não-heróis, de pessoas comuns iguais às que encontrei no caminho. O que eu fiz foi imaginar essas pessoas enfrentando uma situação surreal. Tenho o desejo de jogar luz para o fato que, apesar de se tratar de um ambiente onde há exploração, há muito companheirismo por parte dos trabalhadores – como das figuras principais. Eu conheci muita gente interessante e fui feliz por alguns períodos, principalmente no horário da noite – o horário retratado na peça.

SP: Como é dirigir um espetáculo digital? Você sente que é mais desafiador ou já está adaptado ao formato e acha ele dinâmico e acessível?

H: É uma aventura sem mapa. Não tem como ir muito preparado para os ensaios. O grande desafio é estar aberto para encontrar as soluções com a plataforma e com os atores. Ao mesmo tempo, eu sinto que a lida com a linguagem híbrida é algo bem intuitiva porque estamos o tempo todo conectados e fazendo uso da tecnologia. Além disso, há o fato da gramática audiovisual ser facilmente assimilada por quem assiste a muitos filmes – tanto público como artistas. Então o caminho é se conectar e ouvir a intuição no corpo a corpo com a linguagem. Por fim, a acessibilidade que se consegue numa obra digital é realmente incrível. Pessoas de outros países nos viram – o que seria difícil se fosse presencial.

SP: O que os espectadores da SP Escola de Teatro Digital podem esperar do espetáculo?
H: O público pode esperar um experimento sobre duas pessoas comuns vivendo uma situação inusitada e surreal no ambiente de trabalho; regado por pitadas de comicidade e mistério ou alguma coisa de outra ordem que eu não sei dizer.

SERVIÇO
Texto e direção: Herácliton Caleb
Atores: Marina Merlino e Lui Vizotto.
Quando: Quartas-feiras (17 e 24) e quintas-feiras (18 e 25)

Ingressos gratuitos, mas quem quiser colaborar com os artistas pode adquirir por R$ 10, R$ 25 ou R$ 50.
Plataforma Sympla da SP Escola de Teatro
sympla.com.br/spescoladeteatrodigital

Duração: Aproximadamente 30 min

Por Luiza Camargo



Nossa programação também está no SP Estado da Cultura, ferramenta disponibilizada pelo Governo do Estado de São Paulo com os eventos de todos os equipamentos culturais do estado.

Agenda Seta Seta