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Raphael Ayala Medeiros

Publicado em: 09/05/2013 |

START. O jogo começou. Quais poderes você escolhe para si? Como bom nerd e aficionado por games, ele responde: “Gostaria de poder dar um ‘reset’ no mundo para começarmos novamente do zero”. Esse é Raphael Ayala Medeiros, estagiário de Comunicação e Ideias da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco. 

 

Trabalhando na Escola há cerca de dois meses, onde atua como designer gráfico, criando cartazes, banners e outras artes para divulgação, além de gerar conteúdo para as redes sociais da Instituição e editar vídeos (ufa!), Raphael nutre desde cedo uma paixão especial pelos games.

 

Esse interesse se manifestou tão fortemente, que até o curso superior no qual está quase se formando é voltado para a área. Atualmente, ele está no sétimo – e penúltimo – semestre de Design de Games, na Universidade Anhembi Morumbi.  “Tive meu primeiro videogame, um PlayStation 1, relativamente tarde, com 12 anos. Foi quando troquei as brincadeiras na quadra e na piscina do condomínio pelo meu quarto”, brinca, com o costumeiro jeito tímido de falar.

 

Desse primeiro até hoje, segundo ele, foram poucos os consoles que passaram por sua vida. Mas, para cada um deles, comprou bastante material: fitas, CD’s, controles e todo tipo de equipamento para aumentar a diversão. “Tenho tudo guardado. Não me desfaço de nenhum deles, por nada”, ressalta. 

 

Entre pausas para ajeitar os óculos e cruzar e descruzar as pernas, ele conta que sempre gostou de ficção. Quando criança, antes de mergulhar nos games, já desenhava pequenas histórias. Chegou até a criar revistas em quadrinhos. Nessa parte, aliás, seu grande favorito é o Homem-Aranha.

 

Cinema e trilhas sonoras são áreas que também exercem fascínio sobre Raphael. Entretanto, sua preferência não varia muito: fantasia, claro. “O que mais me atrai em todos esses formatos é a capacidade de emocionar o público através de uma história.”

 

Empregando seu tempo livre nesses hobbies, o ensino médio acabou, mas deixou uma dúvida em sua mente: qual caminho seguir? “Pensei em cursar Desenho Industrial, mas era muito mecânico para mim. Queria algo que me desse mais liberdade para criar. Quando vi a grade curricular de Design de Games, tive certeza de que era o que desejava”, comenta, ressaltando que, para ele, seu diferencial é justamente a criatividade.

 

Por se tratar de um curso pouco conhecido e oferecido no País, muitos ainda olham com preconceito para a área. Isso porque não conhecem a formação. As aulas da faculdade se voltam para a questão ética e histórica dos games, reforçando a importância e a responsabilidade dos criadores desses jogos. “Na universidade, mudei minha mentalidade. Estudamos até filosofia, mitologia, e me tornei menos alienado”, explica.

 

A cada semestre, ele e seus colegas criam jogos, de acordo com temas predefinidos. Para o derradeiro projeto, o TCC, a ser apresentado no final do ano, seu grupo prepara um jogo para iPad, que provavelmente vai dar ao jogador a chance de controlar um robô que tem como missão auxiliar sua namorada. 

 

Ainda que este seja o foco do curso, a formação como designer gráfico é consistente, de acordo com o estudante: “Passamos vários semestres estudando ferramentas de design gráfico e procuro ampliar meus conhecimentos, pois sei que a área de jogos é pequena e restrita”.

 

Segundo ele, o estágio na SP Escola de Teatro apareceu em um bom momento para esse aprofundamento. “Aqui encontrei um ambiente descontraído e aberto. Quando você trabalha com criação, isso é muito importante. Rotina e criatividade não combinam muito bem”, diz. 

 

Para o futuro, seus sonhos incluem a criação de “algo que mexa com o emocional das pessoas”. Afinal, parafraseando o tio de Peter Parker, “com grandes poderes vêm grandes responsabilidades”.

 

 

Texto: Felipe Del

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