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Óscar Silva

Publicado em: 10/10/2012 |

A partir de hoje, voltam a ser publicados, semanalmente, perfis de colaboradores da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco. Assim, aos pouquinhos, serão apresentados todos os que ajudam a tocar o dia a dia da Escola, nas mais diversas áreas: Pedagogia, Comunicação, Administração, Produção, etc.

 

Agora sob o nome “Grande Elenco”, a seção estreia com o perfil do português Óscar Silva, que atualmente responde pela intermediação entre o departamento de Pedagogia da Instituição e seu diretor executivo, Ivam Cabral.

 

Quando menino, Óscar morava em Pinhal Novo, na região de Palmela, em Portugal, onde começou a estudar teatro. Naquele tempo, já era possível prever seu destino: os palcos, não fosse por um outro sonho, que não saía de sua cabeça, ou melhor, que planava acima dela: “Aos 11 anos, tinha decidido que seria piloto de avião”, lembra ele.

 

Embora com o desejo de ganhar as nuvens ainda pulsante, Óscar não conseguia se desligar do teatro. Assim, na adolescência, dividia seu tempo na escola e com o grupo Ação Teatral Artimanha. “Eu gostava dos trabalhos que fazíamos no ATA, mas achava a profissão arriscada. Quando chegou a época das provas, eu tinha de escolher matérias do meu interesse. Na lista das minhas preferências, física e matemática. Eu não escolhi nada relacionado a arte”, confessa.

 

E o sonho de voar se aproximava. “Eu me formei e fui prestar as provas de aptidão e psicotécnico.” Como já imaginava, Óscar atingiu boas notas, exceto por um fato inesperado. “Em um dos exames, fui diagnosticado com um grau de daltonismo”, disse. E a notícia não caiu muito bem, afinal, a anomalia o impedia de ser piloto. “Fiquei surpreso porque tudo estava dando certo”, lembra.

 

Diante de céus fechados, cabia ao jovem português voltar a ter os pés no chão, literalmente. “Eu retornei ao ATA para as aulas de teatro e fiz uma proposta: queria produzir um espetáculo.” O coletivo pensou na possibilidade e acabou aceitando. “Aos 17 anos, estreamos ‘Mundo Boneco’, com dramaturgia e encenação assinadas por mim. Também estava no elenco”, diz.

 

Óscar Silva: do sonho de ser piloto de avião para o mundo do teatro (Foto: Arquivo SP Escola de Teatro)

 

Da peça, os caminhos se abriram para “céus de Brigadeiro”. Em junho de 2010, Óscar licenciou-se no Conservatório Nacional e, no mês seguinte, veio a São Paulo para estudar na Escola de Comunicação e Artes na Universidade de São Paulo (ECA/USP). “Fiz algumas disciplinas complementares, entre elas, Direção e Instalação, na áreas de artes plásticas”, disse.

 

E foi em São Paulo que Óscar conheceu Rodolfo García Vázquez, cofundador da Cia. de Teatro Os Satyros e coordenador do curso de Direção da SP Escola de Teatro. “Ele me convidou para apresentar uma peça no Espaço dos Satyros e estreamos ‘A Angústia deste Argumento’, com meu grupo, o Sr. João”, recorda.

 

A partir daí, surgiram outros trabalhos com a trupe brasileira e Óscar dirigiu o Núcleo Experimental dos Satyros. “Eu ainda voltei a Portugal com a peça ‘Primeira Valsa’, bastante vista por lá. Ao retornar ao Brasil, surgiu a possibilidade de ser assistente do Rodolfo”, contou.

 

 

Hoje, Óscar intermedia os contatos entre a pedagogia da Escola e seu diretor executivo, Ivam Cabral. “Eu recebo e apresento propostas e novos rumos nessas relações. E o Sr. João está para estrear o espetáculo ‘Traumatheatre’, aqui em São Paulo”, diz, entusiasmado, com os pés em terra firme.

 

Óscar Silva brinca de fazer aviãozinho de papel: leve daltonismo o tirou da aviação (Foto: Arquivo SP Escola de Teatro)

 

Texto: Leandro Nunes

 

 

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