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Mariana Amorim

Publicado em: 06/11/2012 |

“Para preparar o kibe de batata, primeiro eu cozinho as batatas… E, no processo de confecção da massa, tem de ir acrescentando a farinha do kibe. Fica delicioso”. A dica é de Mariana Amorim, 19 anos, estudante de Ciências Sociais e estagiária do Programa Kairós da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco. Já deu pra entender que, além de estudar, ela adora cozinhar. Mas sua atual paixão é mesmo o trabalho na Escola.

 

“Eu conheci a Escola por meio de dois amigos que estudavam aqui. Neste ano, surgiu a vaga para ajudar a Denise (Relvas) e a Cléo (De Páris) no Kairós. Eu fiquei muito nervosa e pensei que não ia dar certo. Com a resposta positiva, fiquei muito feliz. Esse é meu primeiro estágio”, conta.

 

O Programa Kairós (que em grego quer dizer “momento certo, oportuno”) concede bolsa-auxílio aos aprendizes, aqui chamada Bolsa-Oportunidade. Na mitologia grega, Kairós é o deus da oportunidade. Significa “o momento certo” ou “oportuno”. A imagem que simboliza Kairós é a do garoto de cabelo de fogo que passava rápido diante dos olhos das pessoas. Súbito, o desafio daqueles que o viam era agarrá-lo e, dessa forma, garantir boa ventura para sempre. A ação visa suprir parte das despesas com transporte, alimentação e acesso a bens culturais. O projeto ainda promove estágios e intercâmbios culturais com escolas de teatro de outros países. “Eu fico responsável pelo atendimento da bolsa e ajudo no desenvolvimento de questionário e pesquisas sócio-econômicas”, explica Mariana.

 


De fala ligeira, ela lembra, com clareza, de seu primeiro dia na Escola. “Foi em junho deste ano. A Denise me apresentou a todos os setores e os colaboradores me receberam muito bem”, afirma.

 

 

E voltando ao gosto pela gastronomia, Mariana o justifica: “Sei fazer risoto, moqueca e torta. Esteja triste ou feliz, cozinhar é uma terapia para mim. No primeiro almoço coletivo realizado aqui na Escola, eu trouxe brigadeiro. E todo mundo gostou”, confessa.

 

Sobre a escolha do curso universitário, ela disse que no início tinha dúvidas. Atualmente aluna do 6º semestre, ela acredita que fez a escolha certa. “Eu estava quase decidindo fazer História. No entanto, eu gosto de estudar as relações humanas, de compreender essas interações. Foi quando optei por Ciências Sociais”, diz.

 

A convivência e o contato com os aprendizes e com o dia a dia da Escola lhe trouxeram muitas reflexões. “Uma das coisas que me impressionaram foi o estudo da cenografia e da iluminação para teatro. Jamais imaginei que houvesse um estudo mais profundo para essas partes”, declara.

 

Na sua lista de projetos, Mariana elencou terminar o curso e fazer uma especialização em Sociologia. E sobre o apreço por fogão e panelas, nem é preciso perguntar, pois ela já emenda: “Também quero fazer um curso de gastronomia”, finaliza.

 

Texto: Leandro Nunes

 

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