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Dione Leal

Publicado em: 06/03/2013 |

“I Say a Little Prayer”, escrita por Burt Bacharach e Hal David para sua xará, Dionne Warwick, é a música que desperta Dione Leal, 51 anos, todos os dias. Com ela, Dione já acorda com uma felicidade que contagia todos ao seu redor, especialmente na SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco, onde, há quase um ano, trabalha na coordenação pedagógica.

Na Instituição, ela intermedia as ações de seu departamento com o setor administrativo, sendo a responsável pelos detalhes da contratação de artistas convidados da Escola. Mas nem sempre foi assim. Em 1981, foi estudante de jornalismo na Faculdade Cásper Líbero. Naquela época, descobriu uma paixão que já estava escondida em si desde a infância: o teatro. Foi então que decidiu abandonar a faculdade e seguir seu coração.

É atriz profissional e o palco foi sua segunda casa por cinco anos, estrelando em peças como “A Mancha Roxa”, de Plínio Marcos. Mas houve um divisor de águas em sua carreira. Conheceu seu ex-marido e, juntos, decidiram se mudar para Mongaguá, Litoral Sul de São Paulo, em 1991. A partir daquele momento, descobriu, segundo ela, a maior dádiva da vida: a de ser mãe. Teve dois filhos: Antonio, 21 anos, e Laura, 16.

“Eles são incríveis. Ser mãe deles é maravilhoso”, conta Dione, superorgulhosa. “Passei a ser mais afetiva, a olhar os outros com mais generosidade. Minha ótica do mundo mudou”, conta. Com a carreira de atriz para trás, foi atuar no Centro Cultural de Mongaguá, dando oficinas de literatura e teatro. Depois de 15 anos, em 2006, voltou para a Capital Paulista.

Inaugurou sua nova fase no Projeto Guri, da Secretaria da Cultura, que visa promover a inclusão social por meio da música. Lá, foi funcionária por quatro anos. Depois, seguiu como produtora de teatro até que surgiu a vaga na SP Escola de Teatro. “O ambiente aqui é bárbaro. Se na minha época tivesse uma Escola assim, na qual eu pudesse estar em contato com diversas áreas e aprender a parte técnica, realizar experimentos de teatro, seria fantástico. Eu acredito no projeto e me sinto muito honrada de poder, depois de muitos anos, fazer parte de uma equipe que acredita no ensino das artes do palco”, observa Dione.

E mesmo com tanta tarefa na agenda, ela ainda encontrou um tempo para fazer parte de um grupo de meditação ativa, que une a meditação à dança e a outros exercícios do corpo. Hoje, embora não pratique mais a atividade, garante que consegue se revigorar da mesma forma com a caminhada, que incorporou à sua atual rotina.

“Viver com sabedoria, viver bem. O mundo está muito ter e menos ser. Quero encontrar o caminho do meio. Cheguei a uma fase da vida em que quero ser mais, ser mais substância, mais espiritual”, conclui a zen Dione.

 

Texto: Giovanna Offer

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