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Diretor cabo-verdiano João Branco Visita a Escola

Publicado em: 23/01/2013 |

Nas décadas de 1930 e 1940, uma onda de fome varreu as nove ilhas que compõem o arquipélago africano de Cabo Verde e matou mais de 30% da população. Em 1991, a antiga colônia de Portugal realizou a primeira eleição multipartidária. Situada em rota estratégica, a região é fruto de influências europeias e latinas, nos costumes e idioma. Com uma população de 500 mil habitantes, o país tem 84,3% alfabetizados, segundo o Index Mundi.

 

Sob olhares impressionados, o diretor teatral João Branco narrava o histórico de seu país em uma visita, ontem (22), à Sede Roosevelt da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco. Recebido pelo diretor executivo da Instituição, Ivam Cabral, e pelo Departamento de Pedagogia, Branco apresentou o panorama artístico e cultural das ilhas cabo-verdianas e conheceu o projeto pedagógico da Escola.

 

Da esq. p/ a dir.: Óscar Silva, J.C. Serroni, João Branco, Ivam Cabral e Raul Teixeira (Foto: Arquivo SP Escola de Teatro)

 

“Assim como as nove ilhas, o João tem muitas raízes. Nasceu na França, é filho de portugueses, e sua nacionalidade é cabo-verdiana”, iniciou Ivam. O diretor promove o Festival Internacional de Teatro na cidade de Mindelo, o “Mindelact”. “Eu gosto de falar que é o melhor festival do mundo porque ele está em um grande território de experimentação, em que as possibilidades são imensas”, completa Ivam. 

 

Branco conta a dificuldade e os desafios de se produzir um evento como esse na cena afro-lusófona: “Começamos em 1995, em um local que recebia duas companhias estrangeiras de teatro a cada 10 anos. Atualmente, há um movimento teatral consolidado e, só em Mindelo, existem 17 grupos de teatro ativos”, explica. 

 

Diante de tantas transformações, Ivam e o coordenador pedagógico, Joaquim Gama, sintetizaram o projeto da Escola para o cabo-verdiano e o grupo reconheceu as ligações entre o país africano e o Brasil. “Temos muito a nos identificar. Fazer teatro no Brasil é experimentar. E esses desafios nos incentivam a continuar. Obrigado pela sua presença e por nos permitir conhecer um projeto tão vivo. Isso nos inspira como Escola”, diz Ivam.  Branco agradeceu e fez o convite: “Estou feliz por existir uma Instituição que pense no ensino do teatro como a de vocês. E seria ótimo recebê-los lá. Vão se sentir em casa”, finaliza.

 

 

Texto: Leandro Nunes

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