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Licença para Criticar

Publicado em: 05/06/2012 |

Ao fazer uma análise sobre qualquer tipo de atividade cultural, o autor oferece sua visão, o que faz dela uma das possíveis formas de se interpretar uma obra. Essa opinião, a depender do autor e veículo envolvidos, tem a capacidade de influenciar a interpretação dos leitores, muitas vezes fazendo com que eles terminem por conhecer, ou não, determinado trabalho.

Sabendo da importância e da necessidade de se tratar essa função de forma séria e profissional, a SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco ofereceu, neste semestre, o curso de Extensão Cultural “Exercício da Crítica Teatral para a Cena Contemporânea”.

 

Participantes do curso e Kil Abreu, ao centro (Foto: R7/Atores e Bastidores)

 

Orientado pelo jornalista e pesquisador teatral Kil Abreu, as aulas se encerraram na última terça-feira (29). Entre os participantes, estava o também jornalista Miguel Arcanjo Prado. Ao término do curso, o mineiro publicou uma matéria em seu blog, no R7, o “Atores e Bastidores”.

Para Arcanjo, o mais importante do curso foi fazer com que os futuros críticos também se criticassem. “Todos os textos que produzimos foram dissecados pelos demais colegas e pelo professor, num jogo de construção do pensamento muito interessante. Nós, jornalistas, não estamos muito acostumados ao papel de vidraça. Geralmente, somos as pedras. E a gente sempre cresce ao ouvir críticas”, comenta, destacando também o contato com as principais teorias teatrais e os rumos do teatro brasileiro contemporâneo.

Experiente, o jornalista já percorreu um largo caminho na grande mídia, em veículos como a Globo, Contigo!, Folha de S.Paulo, Agora São Paulo, Record e o R7. Com toda essa bagagem, ele diz que conhecer o fazer artístico e o pensamento que existe sobre tal produção é fundamental, até mesmo na hora de escrever textos simples, para a grande massa.

“Acho um avanço a SP Escola de Teatro ter oferecido o curso. Quanto mais pensamento houver sobre o teatro e, sobretudo, direcionado aos jornalistas que escrevem sobre os palcos, melhores serão as críticas e reportagens teatrais. E outra coisa: considero a SP uma escola de vanguarda e tenho muito orgulho de ser um aluno dela”, afirma.

O orientador Kil Abreu também se mostra bastante satisfeito com a produção e o estudo desenvolvido em sala de aula. “Tivemos um rendimento excelente. O grupo era bastante heterogêneo, com participantes que iam de jornalistas que já escreviam até aprendizes tateando a matéria de forma mais despretensiosa. Eles assistiram a espetáculos, produziram textos e analisaram os textos uns dos outros. Acredito que criamos uma dinâmica bastante interessante”, finaliza o orientador.
 

 

Texto: Felipe Del

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