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Um estudo sobre a dramaturgia do Teatro de Arena

Publicado em: 03/06/2015 |

 

Para realizar sua tese de Mestrado na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP), a dramaturga Paula Autran se debruçou na história do Teatro de Arena, mais especificamente no Seminário de Dramaturgia, realizado entre os anos de 1958 e 1961, em São Paulo. O resultado deste trabalho poderá ser conferido no livro “Teoria e prática do Seminário de Dramaturgia do Teatro de Arena”, parte da dissertação de Mestrado, que ela lança, na quarta-feira (10), a partir das 19h, na Casa das Rosas. Durante a noite de autógrafos, haverá uma mesa de debates com a presença da autora e de convidados, o dramaturgo Lauro César Muniz e o diretor, dramaturgo e pesquisador Sérgio de Carvalho.

A importância do Seminário de Dramaturgia se dá a partir do momento em que talvez tenha sido o primeiro projeto de estudo e produção sistemática de uma dramaturgia nacional moderna. Sua contribuição para uma mudança nos caminhos da modernização do teatro brasileiro é inestimável. Uma geração de dramaturgos com atuação no teatro e na televisão foi influenciada pelos debates do Seminário de Dramaturgia do Teatro de Arena. Na forma de um encontro semanal de leitura e de debate sobre textos dos jovens autores, o Seminário nasceu de uma evolução do Curso de Dramaturgia ministrado nos anos anteriores por Augusto Boal e mantém vínculos profundos com a prática artística, política e pedagógica das encenações produzidas no Teatro de Arena.

Do seminário saíram sete textos de autores nacionais: “Chapetuba Futebol Clube”, de Oduvaldo Vianna Filho; “Revolução na América do Sul”, de Augusto Boal; “Gente como a gente”, de Roberto Freire; “A farsa da esposa perfeita”, de Edy Lima; “Fogo frio”, de Benedito Ruy Barbosa; “Pintado de alegre”, de Flávio Migliaccio e “O testamento do cangaceiro”, de Chico de Assis.

Devido à sua forma original, e também por não ser restrito apenas aos membros do Teatro de Arena, o Seminário de Dramaturgia acabou sendo reproduzido em outras cidades do País, como Rio de Janeiro, Porto Alegre e Recife, tornando-se referência para todo escritor de teatro da década de 1960. Para Paula, a novidade de unir o estudo e prática política e cênica é ainda hoje uma exigência complexa para grande parte dos artistas de teatro.

Paula Autran

Mestre e doutoranda em Artes Cênicas pela ECA/USP. É formada em História (USP) e Jornalismo (PUC). Tem seis livros publicados, entre eles o livro de poemas “Manifesto de mim mesma” e a peça “Nos países de nomes impronunciáveis”. Tem sete peças encenadas, entre elas a infantil “O armário mágico, adaptada para o Teatro Rá Tim Bum, da TV Cultura, e com a qual concorreu ao Prêmio Femsa como autora revelação. Integrou o Núcleo de Dramaturgia do CPT, de Antunes Filho e o workshop do Royal Court Theatre. Também ministra aulas de dramaturgia em locais como Sesc, ONGs e equipamentos das Secretarias Estadual e Municipal de Cultura.

Serviço:

Lançamento do livro “Teoria e prática do Seminário de Dramaturgia do Teatro de Arena”

Quando: quarta (10), às 19h
Onde: Casa das Rosas – Avenida Paulista, 37 – Bela Vista – São Paulo/SP
Tel.: 11 3285-6986.

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