Acontece nesta quinta-feira, 17, no hall da SP Escola de Teatro, o lançamento da obra “Eternizar em Escrita Preta”, com textos de dramaturgas negras vencedoras do Prêmio Solano Trindade, promovido pelo selo Lucias, braço editorial da Adaap (Associação dos Artistas Amigos da Praça), gestora da instituição.
Na abertura do evento, a SP Escola de Teatro receberá as Pretas Peri, sarau de música e poesia formado em 2014 por um coletivo de mulheres negras e artistas da zona leste de São Paulo, que promove a cultura periférica e o empoderamento da mulher negra, com intervenções e performances, unindo diversos elementos como a dança, música, poesia e hip hop, resgatando a ancestralidade.
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“ É uma honra muito grande homenagear e celebrar dramaturgas pretas brasileiras, pois nós somos da literatura periférica e sabemos como é difícil ter esse reconhecimento sobre uma escrita tão relevante na sociedade atual e como são importante essas narrativas serem contadas por mulheres pretas. Estamos muito felizes e vibrantes em estar em um evento específico de mulheres dramaturgas negras. Pra gente é uma maneira de entender que as nossas histórias estão sendo contadas por nós mesmas”, comenta Jô Freitas, artista e uma das criadoras do coletivo feminino, sobre o evento desta quinta.
Para o lançamento de Eternizar em Escrita Preta, o grupo traz uma homenagem a Tereza de Benguela, líder do Quilombo do Piolho, que sob a sua liderança resistiu e lutou contra a escravidão por mais de duas décadas no século XVIII, no atual Mato Grosso. O processo criativo, segundo Jô, acontece a partir de uma pesquisa sobre a personagem homenageada em conversas, dinâmicas e reuniões entre as artistas participantes.
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“A dinâmica de criação acontece por uma direção minha, com criação a depender da temática que a gente faz. Hoje, a pesquisa foi sobre Tereza de Banguela, então criamos a performance a partir da pesquisa sobre sua vida. Na apresentação, evidenciamos a Tereza, mas saudamos as outras mulheres que fazem parte dessa luta preta.”
Em suas performances, as artistas com atuação marcante no cenário itinerante cultural e artístico periférico da cidade de São Paulo, reúnem múltiplas linguagens artísticas: atuação, declamação de textos, cantação de músicas e movimentação dos corpos, como sinônimo da liberdade que almejam. Elas abordam reflexões sobre literatura, cultura e ancestralidade preta dentro dos temas como feminino, feminismo e questões de gênero, para propor o debate a partir da perspectiva étnico-racial.
Lançamento do livro “ETERNIZAR EM ESCRITA PRETA”
Data: 17/11 (quinta-feira) – 19h
Local: SP Escola de Teatro – unidade Roosevelt – Praça Roosevelt, 210 – Centro, São Paulo SP
Aberto ao público
É imperdível!