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19 de setembro comemora-se o Dia Nacional do Teatro: parabéns a todas e todos os artistas das artes do palco!

Neste domingo, 19, é dia de celebrar o Dia Nacional do Teatro e homenagear os profissionais das artes cênicas do Brasil. O período é comemorativo também em função da sanção da  Lei 13.442/2017,  que institui a data como o Dia Nacional do Teatro Acessível: Arte, Prazer e Direitos, tendo por finalidade comemorar e divulgar a cultura por meio de atividades cênicas que utilizem práticas de acessibilidade física e na comunicação. Ou seja, também é um dia propício à reflexão acerca da importância da inclusão de todos aos direitos culturais, afinal a arte possui um valor inexprimível e todos possuem o direito de experimentá-la.

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 Já dizia Augusto Boal: “A teatralidade é essencialmente humana. Todo mundo tem dentro de si o ator e o espectador. Representar num ‘espaço estético’, seja na rua ou no palco, dá maior capacidade de auto-observação. Por isso é político e terapêutico”. Sendo intrínseca a nós, seres humanos, as manifestações artísticas existem desde os primórdios da humanidade.

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O Teatro brasileiro

O teatro realmente brasileiro se desenvolveu ao longo do século XIX, com muitas influências do romantismo, tendo nomes como o ator e empresário teatral João Caetano, o dramaturgo Artur Azevedo e o diplomata e ensaísta Gonçalves de Magalhães como seus expoentes.

É na mesma época que a comédia de costumes ganha força no país, com Martins Pena, responsável por algumas peças de destaque, como O Juiz de Paz na Roça.

Os povos africanos e indígenas possuem em suas matrizes muitos elementos pré-teatrais como o dançar e o cantar, porém, o teatro brasileiro, marcado pelo imperialismo, reproduziu padrões europeus que até hoje imperam. No entanto, mesmo em meio a hegemonia estética que marginalizou a cultura afrodescendente, existiram muitas formas de resistência por grupos e coletivos negros. Dentre eles podemos retomar iniciativas importantes a partir dos anos 40, como o Teatro Profissional do Negro (TEPRON – 1970–85), de Ubirajara Fidalgo (1949–1986), Teatro Experimental do Negro (TEN – 1944 –61), de Abdias do Nascimento (1914–2011)), do Teatro Popular Brasileiro (TPB – 1950–75), de Solano Trindade (1908–1974).

 Outro período chave na história do teatro brasileiro foi durante a ditadura militar em 1964. Nessa época houve um movimento teatral que tematizou a crítica às políticas adotadas pelo regime militar. Muitos dos textos desse momento reproduziam episódios históricos de maneira alegórica, tratando da censura, do milagre econômico, da supressão da liberdade, da tortura, entre outros. Dessa época podemos citar obras como Moço em Estado de Sítio, 1977 de Oduvaldo Vianna Filho; Ponto de Partida, 1972 de Gianfrancesco Guarnieri;  Murro em Ponta de Faca, de Augusto Boal.

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 Disso tiramos que a arte e a cultura brasileira, e em especial o teatro, para além de entretenimento são símbolo político e de resistência. Por isso, aqueles e aquelas que contribuem para a realização do espetáculo teatral atuando como cenógrafos, dramaturgos, sonoplastas, iluminadores, diretores, figurinistas, atrizes/atores, técnicos de palco, produtores, resistem.

Parabéns a todas e todos os artistas das artes do palco!

 Por Letícia Polizelli 

Edição e orientação Luiza Camargo




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