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Série Teatro de Grupo em São Paulo: Conheça a Cia. das Ventanas

Publicado em: 22/04/2022 |

A companhia das ventanas nasceu em 2017 por conta do interesse que 5 estudantes de licenciatura em Arte-Teatro pela Unesp tinham de estudar e conhecer mais sobre a linguagem do teatro documentário, para então criar montagens a partir de narrativas de mulheres.

O primeiro espetáculo que o grupo montou foi Entre Carmens e Marias, que conta a trajetória de uma imigrante espanhola que chega a São Paulo na metade do século XX. O grupo conta como ao longo dos estudos realizados para a concepção do espetáculo muitas questões sociais relevantes foram sendo trabalhada:

“Nos deparamos com questões a respeito do gênero, raça, classe, maternidade, guerra, imigração e as diferentes tecnologias de opressão que o patriarcado desenvolve para mulheres de diferentes contextos. Na pesquisa cênica sobre a histórias de Dona Carmem, nós buscamos retomar nossas ancestralidades, colocar em conflito histórias de nossas avós, mães e as nossas, também.”

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Assim, o resultado final da peça foi um conjunto de retalhos, que reunia diferentes histórias, a partir das quais criou-se um limitado, porém relevante mapa para se olhar as identidades de mulheres latino-americanas.

O grupo revela que o teatro épico-dialético de Brecht em conjunto com a linguagem do teatro documentário têm sido a principal maneira de contar essas histórias:

“Nessa proposta, o acervo da memória social é trazido à baila pelos documentos de ordem sonora, imagética, plástica ou escrita, configurando-se como matéria do gesto artístico. As referências sobre fato, pessoa, grupo social ou época documentada são apresentadas em busca de uma decodificação.”

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Já o processo de criação está intrinsecamente ligado ao encontro, ao ‘estar diante de outro’, e à tudo aquilo que advém deste. Histórias, memórias e muitos outros documento são material para a investigação cênica que servirá à construção da narrativa, a qual é trabalhada de maneira crítica e poética. E todo esse processo é feito em grupo:

“Tanto a dramaturgia do texto quanto a dramaturgia da cena são construídas coletivamente pelas artistas criadoras que afetam e se deixam afetar. Nossas escolhas surgem a partir de perguntas, que nos instigam a fazer outras perguntas, a encontrar no compartilhamento de trajetórias as fricções, complementaridades e invenções, tomando-nos como parte de todo, como um coro, um corpo coletivo.”

 




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