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João Signorelli

Publicado em: 20/05/2013 |

João Signorelli é ator

Como surgiu o seu amor pelo teatro?
Assistindo a uma peça de Gianfrancesco Guarnieri, chamada “Castro Alves Pede Passagem”.

Lembra da primeira peça a que assistiu? 
Foi “My Fair Lady”, com Paulo Autran e Bibi Ferreira, em 1964. Foi mágico. Uma cortina pro mundo se abriu para um menino de 9 anos.

Um espetáculo que mudou a sua vida foi… 

“Toda Nudez Será Castigada”, de Nelson Rodrigues, dirigida por Cibele Forjaz.

Um espetáculo que mudou o seu modo de ver teatro foi…
“Castro Alves Pede Passagem”.

Você teve algum padrinho no teatro? Se sim, quem?
Sim. Grande Otelo.

Já saiu no meio de um espetáculo? Por quê?
Saí porque não estava gostando de nada.

Teatro ou cinema? Por quê?
Os dois. Cada qual com sua linguagem e alegrias.

Cite um espetáculo do qual você gostaria de ter participado. E por quê?
“Castro Alves Pede Passagem” e “Jesus Cristo Superstar” (eu estava apaixonado por uma atriz que trabalhava lá).

Qual dramaturgo brasileiro você mais admira? E estrangeiro? Explique.
Brasileiro, Gianfrancesco Guarnieri; estrangeiro, Dario Fo.

Qual companhia brasileira você mais admira?
Cia. Livre.

Qual gênero teatral você mais aprecia?
Gosto de todos. Gosto de teatro.

Em qual lugar da plateia você gosta de se sentar? Por quê?
Na 4ª fila e no meio. Dá uma distanciada e uma perspectiva para olhar o palco.

Existe peça ruim ou o encenador é que se equivocou?
Existe, sim, peça ruim.

Como seria, onde se passaria e com quem seria o espetáculo dos seus sonhos?
Seria um épico sobre os índios brasileiros, sobre os negros brasileiros e sobre os brancos. Gostaria que o José Celso Martinez Corrêa dirigisse.

Cite um cenário surpreendente.
O cenário que o Flávio Império fez pra “Pano de Boca”, de Fauzi Arap.

Cite uma iluminação surpreendente.
A luz de Alessandra Domingues para “Um Bonde Chamado Desejo”, dirigido pela Cibele Forjaz.

Cite um ator que surpreendeu suas expectativas.
Eucir de Souza, no “Disco Solar”, dirigida por Ana Vitoria.

A ideia de que tudo é válido na arte cabe no teatro?
Claro que cabe. O teatro é livre.

Na era da tecnologia, qual é o futuro do teatro?
Utilizar-se da tecnologia e unir as duas linguagens.

Em sua biblioteca, não podem faltar quais peças de teatro?
As do Gianfrancesco Guarnieri.

Cite um diretor (a), um autor (a) e um ator/atriz que você admira.
Diretor: Cibele Forjaz; Autor: Ariano Suassuna; Ator: Antonio Calloni; Atriz: Lavínia Pannunzio.

Qual o papel da sua vida?
Mahatma Gandhi.

Uma pergunta para William Shakespeare, Nelson Rodrigues, Bertolt Brecht ou algum outro autor ou personalidade teatral que você admire.
Para Shakespeare: “Quanto você pagava para os seus atores?”. Para Brecht: “Como você se sentia vivendo nos Estados Unidos?”. Para Nelson: “Por que você nunca saiu do Rio de Janeiro, nem pra viajar?”.

O teatro está vivo?
Como dizia Nelson Sargento, “ele agoniza, mas não morre”. 

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