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Técnicas de Palco | As sensações dos aprendizes ingressantes e o primeiro experimento do Módulo Amarelo

Publicado em: 10/10/2016 |

Por Mauro Prazeres
 
Mais um semestre se iniciou e a SP Escola de Teatro, como previsto em seu plano pedagógico, reuniu seus aprendizes de Cursos Regulares em oito núcleos para o desenvolvimento de projetos cênicos.
 
As apresentações deste semestre foram iniciadas pelo Módulo Amarelo, cujos experimentos serão vistos em três ocasiões no decorrer de cada semestre, durante os chamados “Territórios Culturais”.
As criações e desenvolvimentos dos projetos cênicos são feitos pelos próprios aprendizes e são orientados pelo material de trabalho, um eixo e um artista pedagogo. Toda essa informação e orientações contribuem com conteúdos, técnicas e referências para o início dos estudos dos módulos.
 
Aprendizes do curso regular de Técnicas de Palco em produção de objetos cênicos no ateliê da SP Escola de Teatro
 
No dia 17 de setembro, ocorreu a primeira edição do Território Cultural no semestre. Neste dia, o Modulo Amarelo, dividido em oito núcleos, fez a primeira abertura de apresentações. O desafio dos aprendizes do Módulo Amarelo era o de trabalhar com todas as provocações em um curto espaço de tempo, já que a segunda semana de atividades é destinada aos ensaios abertos. Este primeiro experimento é o trabalho cênico inicial que, terá sua evolução no segundo e no terceiro experimentos.
 
Esta apresentação é a estreia dos aprendizes ingressantes no Curso Regular de Técnica de Palco. A coluna ‘Bastidores’ conversou com dois deles para saber suas as expectativas, trabalhos e execuções dos experimentos cênicos. 
 
Juliana Magalhães avalia como muito bom o seu primeiro contato com o exercício, isso pelo fato de estar num núcleo no qual a cordialidade predominou entre os integrantes. “O tempo todo os aprendizes estavam muito unidos e focados em obter um bom conteúdo cênico. Os formadores até nos disseram que, ao assistirem os ensaios abertos do experimento, puderam sentir essa unidade e diálogo entre todas as áreas. Para mim, foi uma experiência muito gratificante ter compartilhado esse primeiro momento com todos os integrantes do Núcleo 7. Nós, das Técnicas de Palco, estávamos em duas aprendizes, e o nosso cenário era extenso, com muitos objetos cênicos que empregavam vários materiais e processos de pintura e montagem. Assim, tivemos muito trabalho e mergulhamos de cabeça no processo criativo e construtivo. Inclusive para conseguir todo o material: grande parte saiu do ateliê da SP Escola de Teatro e acabamos comprando algumas coisas que achávamos importantes para a construção do cenário.”
 
Aprendiz Juliana Magalhães Ribeiro, 24 anos, aprendiz de Técnicas de Palco
 
 
Para Vitor da Silva, a experiência foi muito gratificante, principalmente no que se refere à formação e conhecimento prático de Técnicas de Palco. Ele reforça, no entanto, que ainda há muito a produzir e evoluir no quesito de tratamento cênico das apresentações. “O experimento é um grande exercício aberto para a integração entre todas as áreas que compõem o espetáculo. É neste momento que se cria uma atmosfera mais realista e todos são, de certa forma, tomados pela vontade de trazer o seu melhor para a cena. A colaboração vem em propostas de textos, luz, som, objetos cênicos, etc. Mas acredito que este foi só o começo, ainda temos muito a fazer e a mostrar por meio de nossas competências. O experimento também ajuda a clarear a visão, principalmente para nós, ingressantes, em relação ao trabalho de Técnicas de Palco e sua ligação com as outras áreas do teatro, principalmente com Cenografia e Figurino e Iluminação. Para mim, agora fica muito claro que estas são áreas muito próximas e precisam caminhar muito juntas para uma boa composição da cena.”
 
Vitor da Silva Martins, 18 anos, aprendiz de Técnicas de Palco
 
Uma dificuldade em comum de Juliana e Vitor foi abordar, dentro da cena, o tema “Philia”, fazendo a ligação com a estética “Tim Burton” – ambas inspirações determinadas pela pedagogia da Escola. “Não foi fácil trazer detalhes para a cena que fizessem referência a Burton, principalmente porque o período de preparação é bem curto e os trabalhos são muito intensos”, diz Juliana. “Certamente vamos aprimorar nossos trabalhos e evoluir na construção cênica para os próximos experimentos.”
 
Experimento do núcleo 7 do Módulo Amarelo
 

Tanto Juliana quanto Vitor afirmam que estão muito entusiasmados e empenhados em evoluir no processo criativo do experimento juntamente às demais áreas. E, nas próximas duas aberturas dos experimentos, ainda neste semestre, pretendem mostrar cenas com mais conteúdo e maturidade.

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