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8 grupos paulistanos de teatro para você conhecer no Dia Mundial do Teatro

Grupos paulistanos para você conhecer no Dia Mundial do Teatro

Grupos paulistanos de teatro para você conhecer no Dia Mundial do Teatro

No Dia Mundial do Teatro e no Dia do Circo, 27 de março, a SP Escola de Teatro homenageia todos os artistas das artes do palco e faz uma breve lista de grupos teatrais paulistanos, incluindo alguns ligados ao circo, para você acompanhar e conhecer diferentes abordagens da cena teatral.

A SP Escola de Teatro, desde sua fundação, tem desenvolvido importantes projetos artísticos e pedagógicos relativos ao teatro, audiovisual e às artes correlatas, como o circo. Além disso, ao longo de toda a sua trajetória buscou desenvolver políticas inclusivas e de acessibilidade para os setores mais vulneráveis da sociedade, com o objetivo de democratizar o acesso do universo teatral para diferentes camadas da população.

Dessa forma, para celebrar esta data tão especial, ajudamos a divulgar mais a cena paulistana produzida no século 21 e também os grupos teatrais que estão se formando e compondo a cultura brasileira com suas temáticas atentas às questões sociais.

Selecionamos oito nomes de grupos teatrais para este texto, mas, obviamente, há outras dezenas de nomes incríveis por aí que valem a sua pesquisa e a sua ida ao teatro! Para conhecer mais trabalhos teatrais contemporâneos, vale a leitura do livro Teatro de Grupo, publicado pelo Selo Lucias, braço editorial da SP Escola de Teatro. A publicação é um registro histórico com textos de 194 coletivos da Grande São Paulo, falando sobre seus repertórios, processos criativos, métodos de trabalho, parcerias mais comuns e a função do teatro.

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Confira as dicas:

Cia. Mungunzá de Teatro 

A Cia. Mungunzá de Teatro (2008) é composta de atores e artistas apropriados de múltiplas linguagens e se propõe a repensar o panorama do teatro contemporâneo no Brasil. Sua pesquisa abarca três vertentes: a estética contemporânea, a dramaturgia como encenação e o ato performático como atuação. Em seu repertório, trazem conteúdos biográficos relativos à imigração, diversidade sexual, identidade de gênero e reflexões acerca do papel da arte em territórios de extrema vulnerabilidade social. Seus trabalhos possuem significativo reconhecimento e já foram agraciados no Estado de São Paulo com os Prêmios Shell, Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), Cooperativa Paulista de Teatro e Governador do Estado de São Paulo. Em 2017, o grupo concebeu e construiu o Teatro de Contêiner Mungunzá, importante espaço cultural e social no centro da capital paulista.

Cia. Vagalum Tum Tum

A Cia. Vagalum Tum Tum (2001) ao longo de sua história construiu uma trajetória consistente de reconhecimento de sua produção artística voltada para crianças e jovens. Em 2007, iniciou a pesquisa para adaptar as histórias de William Shakespeare através do olhar transformador do palhaço e dos arquétipos da commedia dell’arte. A música é uma característica importante em seus espetáculos, e os atores executam as canções ao vivo, tornando-as uma aliada importante na hora de contar as histórias. Com suas montagens, a companhia já foi diversas vezes premiada, como com os Prêmios APCA, Guia da Folha, Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem, Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro e FEMSA.

Coletivo ALMA

O Coletivo ALMA (Aliança Libertária Meio Ambiente) (2003) foi criado por meio do envolvimento de alguns jovens da Cohab José Bonifácio, região de Itaquera, com o universo de mulheres catadoras de materiais recicláveis do bairro. Encontrou no teatro um canal de comunicação com os moradores e iniciou sua trajetória de ações artísticas “interventivas” e educativas, tendo como tema as questões socioambientais vividas no lugar. O coletivo se destacou mundialmente em seu teatro comunitário por uma arte interventiva e pública com o prêmio ONU-Habitat, do Fundo de Oportunidades para Juventude da Agência de Assentamentos Humanos da Organização das Nações Unidas, por meio do Projeto Jovens Lideranças Ambientais (PJLA), replicado no Conjunto Habitacional Prestes Maia, em Santo André, em parceria com o Movimento em Defesa do Favelado (MDF).

Teatro Kunyn 

O Teatro Kunyn (2008) vem em sua trajetória tentando refletir sobre as questões identitárias acerca de gênero e sexualidade nas artes cênicas, contribuindo para pensar o universo queer na esfera público-privada. Em seu primeiro trabalho, intitulado “Dizer e Não Pedir Segredo” (2010), erigido a partir de extensa pesquisa bibliográfica (tendo como fonte de inspiração o livro Devassos no Paraíso, de João Silvério Trevisan), ganhou os prêmios ProAC LGBT e Funarte de Teatro Myriam Muniz. A criação do coletivo surge de uma crise de representatividade da “figura homossexual ou queer” , estabelecida na cena brasileira em duas vertentes muito claras: a caricatura e/ou a marginalidade. Em sua trajetória, o coletivo vem bebendo na fonte de inúmeras obras e autores queers fundamentais para refletir sobre o que seria uma identidade gay pensada a partir de corpos subalternizados.

Cia. da Palavra

A Cia. da Palavra (2016) teve início com a pesquisa sobre temas atuais e buscas por formatos e técnicas capazes de entrelaçar a realidade com a ficção no teatro. O ponto de partida para o surgimento da Companhia foi a peça “Hotel Mariana”, que levou ao palco depoimentos reais dos sobreviventes da tragédia de Mariana, em Minas Gerais, considerada o maior desastre socioambiental do país. A montagem estreou em 5 de maio de 2017 em São Paulo, foi indicada ao Prêmio Shell e assistida por mais de 20 mil pessoas. A dramaturgia dos espetáculos é criada a partir de pesquisa e depoimentos exclusivos colhidos pelos autores sobre temas e eventos atuais. O material é exaustivamente investigado e editado no sentido de criar uma narrativa poética com um ponto de vista sobre a realidade social e cultural do país.

Cia. das Ventanas 

A Cia. das Ventanas (2017) foi formada por cinco amigas e colegas de turma do curso de Licenciatura em Arte-Teatro da Unesp, que tinham o interesse de investigar a linguagem do teatro documentário, para fazer criações a partir de narrativas de mulheres. O teatro delas almeja a emancipação das mulheres. Nesse sentido, a abordagem dos processos de criação inclui as diferentes mulheridades que compõem a sociedade. O grupo tem o objetivo de estender diálogos, parcerias e projetos que atuem pelo caminho do trabalho coletivo de construção de uma sociedade feminista e livre de opressões. A escolha de repertório é um processo de coleta de histórias, as quais são incorporadas na trajetória das integrantes e a partir disso, elas elaboram um discurso cênico, uma proposta estética que conecta histórias ouvidas e vividas, visando, por meio do ato convival que é o espetáculo, uma leitura coletiva dessas narrativas.

Invasores Companhia Experimental de Teatro Negro 

A Invasores Companhia Experimental de Teatro Negro (2000) nasceu com o objetivo de fomentar a pesquisa, a escrita e a adaptação de textos relacionados ao universo cultural e à temática teatral negra. As ações foram realizadas em parceria com o Centro de Desenvolvimento Cultural e Social do Negro Maria Thomazia de Jesus. Outras parcerias mais significativas e frequentes são: Cooperativa Paulista de Teatro, o Teatro Studio Heleny Guariba e a Funarte-SP. O grupo foi criado para contar os feitos lusitanos por uma óptica negra e encontra-se nesta luta desde então. Em sua trajetória, o viés sempre foi o negro inviabilizado, colocado à margem. O processo criativo deriva, como um todo, desse conjunto de desejos sobre as questões ancestrais e étnicas brasileiras.

Cia. Circo de Bonecos

A Cia. Circo de Bonecos (1999) é uma companhia profissional de teatro de bonecos que, desde sua origem, pesquisa o cruzamento do teatro de bonecos com o jogo clownesco e a mímica. Durante o processo de criação e no centro das pesquisas estão a estética, o lúdico e o jogo que se estabelece com a plateia. Os espetáculos se colocam desarmados, prontos para provocar e serem provocados, de uma forma que possam falar com o público de igual para igual. A cada sessão, uma narrativa se cria ou se recria, a comunicação com o público nasce da escuta e a partir disso eles criam a linguagem, a qual não é específica para o teatro infantil, mas para a comunicação. A companhia trabalhou com grandes nomes do teatro de bonecos e a primeira montagem de “Lolo Barnabé” foi feita com Sidnei Caria e Anie Welter, ex-integrantes do XPTO.




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