“Como parte de uma constelação rara, tem tempo certo e determinado para a aparição, provocando em todos um estado permanente de mistério e saudade”, diz Joaquim sobre Sílvia
SÍlvia Fernandes é daquelas pessoas que nos encantam e que sempre queremos ter por perto. Isso ocorre não só pela maneira acolhedora como se relaciona com os seus alunos e os artistas, mas, fundamentalmente, porque estar ao seu lado é a garantia de conhecimento e aprendizagem. Ela faz parte de um seleto e restrito grupo de pesquisadores ligados à vanguarda no teatro. Sem os ransos do academicismo, seus escritos têm a capacidade de clarear questões complexas, ligadas às manifestações do contemporâneo.
O mesmo ocorre com suas aulas, palestras e orientações. Quem tem (ou já teve) o privilégio de ser seu aluno compreende muito bem o que estou dizendo. Não é à toa que suas aulas são as mais concorridas da Escola de Comunicações e Artes, da Universidade São Paulo (ECA-USP), no deparatamento de Artes Cênicas.
Nós, artistas, alunos e leitores, costumamos chamá-la de Silvinha, mas sabemos que o diminutivo é apenas o jeito carinhoso que encontramos de agradecer a grandiosidade de seu conhecimento e brilhantismo. Como parte de uma constelação rara, tem tempo certo e determinado para a aparição, provocando em todos um estado permanente de mistério e saudade.
Joaquim Gama é pesquisador teatral e coordenador pedagógico da SP Escola de Teatro
Veja o verbete de Sílvia Fernandes na Teatropédia