EN | ES

Série Teatro de Grupo: Saiba mais sobre o Atelier de Manufactura Suspeita

Publicado em: 26/04/2022 |

O grupo Atelier de Manufactura Suspeita nasceu nos limites da convencionalidade, buscando encenar em espaços não tradicionais. Em seu relato, o coletivo comenta como trabalha a partir das necessidades estéticas de cada projeto, priorizando o artesanato que precede a arte:

“Atuamos no limite da representação e da não representação, da confissão pública, da máscara exacerbada, sem se descuidar de estabelecer um diálogo fértil com formas convencionais da representação, redescobrindo a função social delas”.

Inscreva-se no Workshop presencial e gratuito a arte do protesto, com o argentino Patrício Ruiz

Sob a direção de Maurício Paroni de Castro (que também atua na companhia italiana de atores de circunstância, Manifattura dei Sogni e é coordenador na SP Escola de Teatro) o grupo faz um uso criativo do ambiente, criando um diálogo entre a cenografia, dramaturgia, corpos dos atores, pensamento dos artistas e do público:

“Utilizamos meios pobres de produção – fato fundamental quando o artista é o próprio começo da palavra dramatúrgica”.

Em seu processo criativo, o grupo trabalha com situações factuais, utilizando como fonte de inspiração notícias, jornais, além de aproveitar o próprio depoimento pessoal do ator enquanto ser humano. O Círculo Gatsby; Assurbanipal Magic Club; Com Quem Fica o Coração; La Valle; Tempo di Fogolar; Aqui Ninguém É Inocente, são algumas de suas muitas montagens. Nesse contexto, o Atelier de Manufactura Suspeita explica como se dá a seleção de seu repertório:

“Geralmente, escolhemos o repertório em função de onde trabalhamos enquanto lugar físico, língua ou momento histórico. Preferimos espaços não teatrais; entretanto o Espaço dos Satyros Um sempre foi um pouco a nossa casa – justamente por essa tendência cigana”.

Concurso de música para artistas de rua que oferece R$ 10 mil para vencedores abre inscrições; confira!

Além disso, a Cia destaca a importância do público no processo de desenvolvimento dos espetáculos, e do diálogo que se estabelece entre o ambiente e a cenografia posta. Ademais, destacam como compreendem as artes cênicas e suas funções:

“Entendemos o teatro como uma atividade pública privilegiada pela utilidade social e pelo estabelecimento de um sentido existencial no cotidiano do trabalho; desconstruímos autoimposições e fetichismos estéticos de nossos integrantes; partimos dos seres humanos que somos e caminhamos na direção de papéis sugeridos pelos textos de demais percursos criativos empregados.”




Relacionadas:

Notícias | 19/ 04/ 2024

Ópera “O Barbeiro de Sevilha” traz o trabalho de docentes da SP Escola de Teatro

SAIBA MAIS

Notícias | 18/ 04/ 2024

“Ausculta Coletiva”, coletivo formado por egressos da SP Escola de Teatro, estreia “Sobre Ausências Paternas”

SAIBA MAIS

Notícias | 18/ 04/ 2024

Confira como foi o curso de extensão “Dissociação e presença cênica com bambolê”

SAIBA MAIS