“A Perseguição e Assassinato de Jean-Paul Marat Encenado Pelos Internos do Hospício de Charenton sob Direção do Senhor de Sade”, título longo e original da peça do autor alemão Peter Weiss, ficou conhecida mundialmente apenas como ”Marat/Sade”. Escrita em 1963, mostra, como diz o título, o assassinato de Jean-Paul Marat, líder revolucionário francês, na banheira, por Charlotte Corday.
A peça de Peter Weiss pressupõe que teria sido escrita pelo marquês de Sade durante a sua internação no hospício de Charenton e encenada pelos próprios pacientes. Escrita em três tempos (1808, 1793 e o tempo atual), revela o período em que Sade esteve internado e escreveu várias peças e livros que o tornariam célebre; a perseguição e assassinato de Marat, especificamente, e a encenação, que leva o público a considerar a relação entre o momento histórico e a atualidade, tanto na questão política e as revoluções, como o tratamento de doentes mentais.
”Marat/Sade” foi encenada pela primeira vez no Brasil em 1967, sob a direção de Ademar Guerra, com um elenco encabeçado por Armando Bógus, Rubens Côrrea, que ganhou o Prêmio Governador do Estado por seu desempenho como o marques de Sade, e Irina Greco.
