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Série Minimalista | "Édipo Rei"

Publicado em: 27/11/2014 |

 

A Série Minimalista da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco desta semana aposta em mais um grande clássico do teatro: “Édipo Rei”, de Sófocles.

 

Escrita por volta de 427 a.C, a peça foi considerada por Aristóteles a mais perfeita tragédia já escrita e descreve um mito fortemente presente na cultura grega clássica e também na psicanálise clássica. A obra consiste na primeira parte da trilogia tebana, que ainda conta com “Édipo em Colono” e “Antígona”.

 

A tragédia de Édipo começa quando ele ainda é um bebê. Seu pai, Laio, o rei de Tebas, abandona o recém-nascido no Monte Citerão, com os pés pregados no chão. Ele foi motivado pela assombrosa previsão do Oráculo de Delfos, que o alertara de que ele seria assassinado pelo próprio filho, que em seguida desposaria Jocasta, sua esposa e mãe de Édipo.

 

No entanto, o destino, implacável, faz com que a criança seja resgatada por um pastor, que o batiza de Édipo (Edipodos, ou o de “pés furados”). Adotado pelo rei de Corinto, ele mais tarde toma conhecimento da previsão do Oráculo e foge desesperadamente da cidade.

 

No caminho, encontra Laio e após um desentendimento, mata-o sem saber que o homem é seu pai. Chegando em Tebas, ele desvenda o famoso o enigma da Esfinge, poupando a cidade de uma série de ameaças. Como recompensa, torna-se rei e recebe a mão da viúva em casamento.

 

Novamente sem saber que estava cumprindo o trágico roteiro escrito pelo destino, ele se casa com Jocasta e com ela tem quatro filhos. A verdade só vem à tona anos mais tarde, quando o Oráculo conta a eles que a profecia havia sido concretizada: Édipo matara o pai e desposara a mãe. 

 

Jocasta, não suportando o peso da notícia, comete suicídio. Já Édipo, como castigo por não ter sido capaz de reconhecer a mãe, fura os próprios olhos. Cego, ele ainda permanece em Tebas para testemunhar a luta de seus dois filhos pelo poder e amaldiçoa-los, antes de voltar a vagar pelo mundo, seguido por sua filha, Antígona, até morrer em um bosque de Colono.

 

Uma das histórias mais influentes da cultura ocidental, o mito de Édipo foi reinterpretado pela psicanálise muitos séculos mais tarde. E, até hoje, as questões levantadas por Sófocles são relevantes para a humanidade, como: Fazemos nossas próprias escolhas ou apenas cumprimos o destino? Temos realmente o controle sobre os caminhos que nossas vidas tomarão? Nossa arrogância pode causar nossa cegueira?

 

Se você quiser ver retratada alguma peça ou personagem nesta seção, cuja proposta é criar ilustrações do universo teatral com poucos elementos, faça suas sugestões pelo e-mail [email protected] ou por nossas redes sociais (fb.com/spescoladeteatro e twitter.com/escoladeteatro).

 

> Confira todas as ilustrações publicadas até agora.

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