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Satyrianas 2014 supera seus próprios números e se consolida como a maior edição do festival

Publicado em: 25/11/2014 |

A Satyrianas 2014 chegou como a Satyrianas costuma chegar: carregando a expectativa de ser a maior edição já realizada.

 

E, agora pode-se dizer, a Satyrianas 2014 foi embora como a Satyrianas costuma ir: sendo a maior edição já realizada, com exatas 602 atividades promovidas, numa média de quase 8 atrações por hora.

 

A maior edição de sempre da Satyrianas, que novamente recebeu o apoio da SP Escola de Teatro, contou com mais de 2 mil artistas e incríveis 60 mil espectadores de 20 a 23 de novembro, durante as 78 horas ininterruptas de atividades. O evento, que é realizado anualmente pela Companhia de Teatro Os Satyros, chegou à sua 15ª edição.

 

Satyrianas 2014 teve muitas atrações e extenso público (Foto: Roberto Sungi/Fotomix2014)

 

Os números se estendem à equipe que fez acontecer essa grande celebração – 120 colaboradores na equipe de apoio, 50 técnicos, 20 produtores, 15 curadores de várias áreas –, e aos mais de 50 espaços teatrais espalhados pela cidade, com foco na região da Praça Roosevelt. E mais: 35 autores teatrais escreveram textos inéditos para o Dramamix e o Estação Satyros teve mais de 50 performances.

 

Outros destaques foram o espaço inédito conferido ao circo, com 17 boas opções para os amantes da arte do picadeiro, e a Feirinha Gastronômica, que ofereceu uma vitrine de novidades e experimentações de cozinheiros iniciantes ou profissionais.

 

Segundo Ivam Cabral, um dos maiores méritos do evento foi a tranquilidade que envolveu os artistas e o público. “Mais de 60 mil pessoas e zero ocorrências policiais. É mais um motivo de grande alegria e satisfação e mais um presente neste lindo ano em que nós comemoramos 25 anos de trajetórias com o Satyros”, afirma.

 

Satyrianas + SP Escola de Teatro

Como parceira do evento, a SP Escola de Teatro ofereceu sua Sede Roosevelt e alguns de seus projetos para a programação da Satyrianas. E, como contrapartida, recebeu casa cheia e a conquista do público que acompanhou as atividades.

 

Uma dessas atividades é o já tradicional Ouvi Contar, que realiza leituras dramáticas de textos teatrais inéditos em domicílio. Fruto de uma parceria entre Os Satyros e a SP Escola de Teatro, o projeto idealizado por Ivam Cabral e Marici Salomão colocou dezenas de espectadores em contato com a nova produção dramatúrgica.

 

Para os amantes de literatura, a Escola promoveu dois eventos conhecidos por quem visita a Praça com frequência: o Leitura na Praça e o Escambo Literário, que fomentam a troca e a doação de livros. 

 

Quanto à abertura das portas da Sede Roosevelt para as atrações do festival, também há muito a se falar. Isso porque vários dos destaques da programação foram apresentados ali. Por exemplo, o DramaMix, que apresentou textos de autores consagrados – dentre eles, “Jonas e a baleia”, texto de Walcyr Carrasco que ganhou direção de Ney Matogrosso – e o DançaMix (antigo Satyras da Dança), com apresentações de bailarinos que se destacam atualmente na cena da dança contemporânea.

 

Pela “Antessala Mostra”, foram apresentados quatro textos inéditos de dramaturgos formados pela Escola, com elenco e equipes de criação e técnica de alunos da Instituição. Na mesma linha, “Dramas paralelos” contou com a produção e encenação de 14 textos, todos de aprendizes. 

 

A Exposição FotoMix ocupou o saguão da Escola durante todo o evento com fotos do coletivo FotoMix – um time de fotógrafos que registra todas as atividades da Satyrianas.

 

Houve espaço, ainda, para o lançamento de dois livros: “Pessoas perfeitas”, de Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez; e “Cepeca – uma oficina de PesquisAtores 2”, escrito por doutorandos da ECA/USP.

 

Como teatro nunca é demais, a Escola também recebeu “Karamazóv”, projeto da Companhia da Memória composto pelos espetáculos “Uma anedota suja”, “Karamázov: Os irmãos” e “Karamázov: Os meninos”, criados a partir de obras de Dostoiévski, com direção de Ruy Cortez e dramaturgia de Luis Alberto de Abreu.

 

Depois de tanta coisa, fica a questão: será possível fazer algo ainda maior em 2015? E, ao final, a resposta deve ser: com (e pela) arte, sempre é possível.

 

Texto: Felipe Del

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