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Salas de Trabalho Abertas

Publicado em: 07/11/2011 |

Ensaios no pátio, fiações pelos corredores, músicas ao vivo, gambiarras, pedaços de cenários e adereços de cena ocuparam todas as salas da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco na última semana durante os preparativos para a apresentação do Experimento do Módulo Amarelo.
 
Sim. Já é nessa semana que Escola vai receber apresentações dos processos de trabalho de oito grupos, todos inspirados no livro “Viva o Povo Brasileiro”, de João Ubaldo Ribeiro, e baseados na narratividade, pressuposto dos estudos destes aprendizes durante esse semestre.
 
A trajetória que culminou nas apresentações dessa semana foi densa e começou em junho deste ano, marcada pela entrega de um exemplar da obra de João Ubaldo Ribeiro a cada aprendiz do período vespertino.

 

A aprendiz de Humor Caroline da Cunha Duarte em ensaio (Foto: Arquivo SP Escola de Teatro)
 

 
Na época, Ivam Cabral, diretor executivo da SP Escola de Teatro fez questão de unir todos os aprendizes para uma celebração de entrega deste livro que seria objeto de reflexão e apoio para a montagem dos processos de trabalho do Experimento. “Quis incentivá-los a ler e reler, durante o recesso das aulas, esta obra-prima da literatura brasileira que traz tantos questionamentos à tona. Conhecer bem este texto é essencial para todos os integrantes dos grupos e para um bom resultado do trabalho”, observa.
 
Além deste incentivo, os aprendizes da SP Escola de Teatro participaram de muitas palestras, workshops e aulas temáticas para afinar seus conhecimentos no pressuposto do semestre, e, ainda, integraram uma vigília literária com duração de 14 horas, com o intuito de realizar uma leitura ininterrupta de “Viva o Povo Brasileiro”.
 
Durante o Experimento, os aprendizes são convidados a abrir as suas salas de trabalho para o público externo que não participou do processo. A ideia é que eles possam compartilhar suas investigações cênicas a partir dos estudos e desafios propostos pela Escola. 

Nestes meses, além de entrar em contato com os conteúdos históricos, sociológicos e antropológicos da obra de João Ubaldo Ribeiro, os aprendizes realizaram estudos sobre narratividade e as relações com o teatro épico. “O desafio deles era transformar todo esse material em uma cena que se utilizasse da narratividade e incluísse as oito áreas que formam as artes do palco”, explica Joaquim Gama, coordenador pedagógico da SP Escola de Teatro.
 
“Teremos a oportunidade de ver tudo isso em uma sala de estudos e qualquer pessoa que entrar na Escola poderá ver como se configurou todo o fruto desse trabalho, já que o processo será aberto também ao público externo”, relata Gama. 
 
Agora, a Escola ganhou um ar de grande expectativa em relação ao resultado da abertura de processos de trabalho. “Estamos ansiosos para entender e conhecer o que os grupos fizeram com todo esse material de trabalho e repertório e quais serão as proposições de teatro que surgirão”, conclui o coordenador.
 

Para conferir as aberturas dos processos de estudos dos aprendizes do Módulo Amarelo, basta vir à sede da Escola.

 
Serviço
Experimento Módulo Amarelo
Quando: Terça, quarta, sexta-feira e sábado (8,9,11,12), das 14h às 20h
Onde: SP Escola de Teatro   
Avenida Rangel Pestana, 2.401 | Sala 26
Telefone: 2292-7988/8143
e-mail: [email protected]
 

 

Texto: Renata Forato

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