Nesta quarta-feira, 24, das 15h às 17h, acontece a 3º Mesa do Seminário O Sujeito Histórico do Teatro de Grupo do Estado de São Paulo, ação da Adaap, Instituição ligada à Secretaria de Cultura e Economia Criativa e São Paulo e gestora da SP Escola de Teatro, em parceria com o Núcleo de Artes Cênicas do Itaú Cultural. Os convidados de hoje são Ricardo Bagge, Talita Neves, Weber Fonseca, Laís Justus Ferez e Barbara Teodosio, e eles discutirão o tema “O interior paulista e sua vocação para as vanguardas”. O evento é online e gratuito, com transmissão ao vivo pelo canal no Youtube da SP e interpretação simultânea em Libras.
A iniciativa busca trazer debates, discussões, compartilhar experiências e investigações acerca das múltiplas manifestações cênicas paulistas, além de evidenciar a temática. Cada encontro procura discutir assuntos fundamentais e pouco discorridos, como a trajetória dos coletivos caiçaras, a atuação do teatro da maresia, a importância da cultura popular nos modos de representação contemporâneos e as diversas vanguardas teatrais do interior de São Paulo.
Na sessão desta quarta, será abordada a força do teatro do interior de São Paulo. A região é berço de inúmeros artistas decisivos no panorama nacional, a exemplo de José Celso Martinez Corrêa (Araraquara) e Hilda Hilst (Jaú), Timothenco Wehbi (Presidente Prudente). Posteriormente, a instalação de diversas universidades nesses territórios fortaleceu interdisciplinaridades e encontros potentes que derivaram em arte.
Confira um pouco mais sobre os convidades, convidadas e convidados da mesa de hoje !:
Ricardo Bagge: Em 1997 na cidade de Cândido Mota-SP, entra para Núcleo Experimental de Teatro (NET) estreando na comedia Louka Kasa Santa. Em 1999, o grupo monta a peça Homens de Papel de Plínio Marcos com a orientação do diretor Tin Urbinatti do projeto Ademar Guerra. Em 2003, é efetivado como instrutor de arte na Fundação Assisense de Cultura (FAC). Nesta, desenvolve oficinas e dirige peças com os alunos, dentre elas destacam-se: Abajur Lilás, Valsa nº 6 e Pic-Nic no Front. Em 2004, ingressa no grupo de teatro Matulão com Sandro de Cassio Dutra, atuando nos espetáculos Matutações (Elinaldo Meira) e Histórias da Maçã. Em 2013 dirige o espetáculo O compadre Morte, com a orientação de Fernando Rodrigues pelo Projeto Ademar Guerra. Em 2015, em Londrina, atua na montagem “BR- Felicidade” do Cia Teatro Kaos, e em 2016 nas peças Mergulho de Escafandro, de Francismar Lema e Ontem a noite caia o Sol, de Mariana Corali, pelo Núcleo de Dramaturgia do Sesi-Londrina. Ainda como ator participou do curta metragem Grunstadt”(Clareira Filmes) de Celina Becker. Em 2018 dirigiu a peça Sou mulher e não serei outra coisa, de Erika Oliveira com Cia Bornal de Bugigangas. Em 2019, esteve na direção do espetáculo PHI 2085. Em 2021, co-dirigiu com Guilherme Xavier o curta-metragem Sou Mulher e não Serei Outra Coisa. Em 2022 participou como ator nos curtas-metragem Ainda Restarão Robôs Nas Ruas Do Interior Profundo e Despovoado (Oeste Cinema) Direção Guilherme Xavier.
Talita Neves: Talita Neves é pesquisadora da cena, arte-educadora e produtora cultural. Graduada em Artes Cênicas (Direção Teatral) pela UNESPAR-FAP. Diretora da Uma (Certa) Cia. Cênica companhia que fundou em 2011 em Curitiba – PR e do Coletivo da Casa criado em Bauru – SP em 2016. É diretora artística do FestinBau (Festival de Teatro Independente de Bauru) e do Sarau Ponto de Encontro. Entre 2020 e 2022, criou para o Sesc Bauru: quatro episódios para o podcast “Vou te contar”; além da contação de histórias “A vida por uns fios” e da criação audiovisual “Janelas entreabertas dos eternos carnavais” (disponível no canal do YouTube do Sesc Bauru). Entre 2017 e 2021, participou da intervenção “Cabeças de Livro” com a Cia. Giralua de Artes. Entre 2020 e 2021, trabalhou como operadora de som e luz em espetáculos com Mariza Basso Formas Animadas. Como professora de teatro, conduziu práticas em cursos livres como Curso Livre de Teatro Paulo Neves (Bauru – SP), Cia. do Abração (Curitiba – PR) e Teatro Lala (Curitiba – PR) Integrou por dois anos (2013 e 2014) o Núcleo de Dramaturgia do SESI PR – (Núcleo de Encenação), com orientação de Georgette Fadel e Marcio Abreu, onde dirigiu os espetáculos “Histórias de cachorros e outros animais” e “O dia em que nos perdemos”. Também dirigiu o espetáculo “O Homem do Banco Branco e a Amoreira” em parceria com a Minha Nossa Cia. de Teatro que foi contemplada no edital Petrobras Distribuidora de Cultura para ser apresentado em cidades do Norte e do Nordeste do Brasil. Foi responsável pela direção cênica do show para crianças da Banda Mais Bonita da Cidade (integrante da programação do “Música pra gente miúda” – Caixa Cultural Curitiba). Destaque para os espetáculos: “estilhaços e […] algo assim”, contemplado nos editais: Mostra de Teatro Infantil do SESC da Esquina de Curitiba – 2014 e Domingo Tem Teatro – realizado pela Secretaria do Estado da Cultura do Paraná – 2016, além da recente aprovação no Edital de Difusão e Fomento em Teatro – Temporada 2022 da Fundação Cultural de Curitiba; “E Se Fosse…” indicado ao Troféu Gralha Azul 2014 (Curitiba – PR) e “tudo aquilo que olhos apressados não captam” contemplado no Programa de Estímulo à Cultura de Bauru da Secretaria Municipal de Cultura – 2018. Além da participação no projeto CENA HQ – Teatro da Caixa Curitiba dirigindo as leituras de “Noturno” (2013), “Laços – Turma da Mônica” (2014), “Cosmonauta Cosmo!” e “Klaus” (2015).
Weber Fonseca: é ator, produtor, diretor de teatro, escritor, artista visual em arte urbana. Atualmente é Coordenador Executivo de Acervos e Patrimônio Histórico da Secretaria de Cultura de Araraquara. Formou-se Patrimônio, Memória e Gestão Cultural no Museu Casa Mário de Andrade. Docente e consultor do curso Produção Cultural do SENAC (2014-2021). Sócio e diretor da produtora Ocre Marajó. Ativista LGBTIA; produz o canal ROLEGBT e o bloco de festas populares Petit PhUÁ. Realiza as intervenções urbanas POSTALGBT e REXISTIR. Autor do livro “LGBTFOBIA – casos de violência por discriminação de gênero, identidades e orientações sexuais na grande São Paulo”, editora Lamparina Luminosa.
Laís Justus Ferez: faz coro com o coletivo Cigarraiada, com quem desenvolve pesquisa e práticas cênicas em lugares não-convencionais. Em paralelo, desenvolve um trabalho de palhaçaria em espaços públicos através de sua palhaça Emília. É autora dos projetos “Contratempo” e “Tudo Eu Nessa Casa”, gravados em vídeos durante a pandemia, em pesquisa que une o trabalho doméstico/reprodutivo e a palhaçaria. Desenvolveu ainda a oficina “Conheça-te a teu ridículo” na Semana de Circo de Araraquara. É formada em Técnico em Teatro pelo Senac Araraquara e é registrada como artista na função de Atriz (DRT: 0051961/SP). Graduou-se em Letras com habilitação em Língua Espanhola na Faculdade de Ciências e Letras da UNESP de Araraquara, onde realizou pesquisa voltada para a área do teatro. É autora do projeto de pesquisa “Poéticas de luta: o legado estético e mobilizatório do teatro de grupo de São Paulo”. Atua como educadora no Cursinho Livre Caburé, onde ministra aulas de literatura e é professora de espanhol em escolas da rede particular.
Barbara Teodosio: É atriz, produtora e dramaturga. Bacharel em Psicologia pela FAC-FEA (Faculdade da Fundação Educacional de Araçatuba). É integrantes dos grupos de teatro: “Lugar de ser qualquer” e “Os Hedonistas”. Como Dramaturga teve duas peças contempladas e publicadas pelo Programa de Ação Cultural do estado de São Paulo, PROAC-SP, sendo elas: ” O Padeiro de Santaria das Promessas” e ” Besta de Carga”.
