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Roda de Conversa sobre Cenografia e Figurinos

Publicado em: 08/03/2013 |

 

Depois de dedicar suas páginas às áreas de atuação, dramaturgia, iluminação e sonoplastia, a Revista A[L]BERTO, em sua edição de número 5, volta seu olhar para a cenografia. Para reforçar a discussão acerca do tema, a SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco promove uma Roda de Conversa.

 

O encontro, que será realizado nesta segunda-feira (11), das 19h30 às 21h, na Sede Roosevelt da Instituição, contará com a participação de Daniela ThomasSimone MinaAndré CortezJosé de Anchieta e mediação de J. C. Serroni, coordenador dos cursos de Cenografia e Figurino e Técnicas de Palco da Escola.

 

Além de ter seu conteúdo transcrito e publicado na seção intitulada “Ponto de Convergência”, na 5ª edição da A[L]BERTO, o debate também integra a programação do Palco SP – Encontro Internacional Sobre o Ensino da Cenografia, que, entre os dias 11 e 16 de março, reúne os mais importantes profissionais nacionais e internacionais da área em palestras, mesas de discussão, exposição e performance.

 

Para se inscrever e acompanhar a conversa, bem como as outras atividades do Palco SP, vá até o endereço: https://www.spescoladeteatro.org.br/palcosp/.

 

 

Os participantes

 

J. C. Serroni

Serroni é arquiteto, cenógrafo e figurinista. Graduou-se em Arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP) e tem especialização em Arquitetura Teatral. É fundador e coordenador do Espaço Cenográfico de SP e dos cursos de Cenografia e Figurino e Técnicas de Palco da SP Escola de Teatro.

 

Realizou, ao longo de sua trajetória, dezenas de cenários para teatros, shows e TV. É integrante, desde 1987, do Grupo Macunaíma, onde também coordena o núcleo de cenografia do CPT – Sesc, liderado porAntunes Filho. Participou de várias edições da Quadrienal de Cenografia, Indumentária e Arquitetura Teatral de Praga, República Checa. Em 1987, foi o Comissário Geral do Brasil na exposição e recebeu uma das três Menções Honrosas do júri internacional, e, em 1995, ganhou o grande prêmio da Quadrienal, a Golden Triga.

 

No Brasil, foi premiado com o APCA, Mambembe, Governador do Estado, Shell, Pananco, Apetesp e, por quatro vezes, o Prêmio Molière. Internacionalmente, recebeu os da Association of Hispanic Critics of New York e da ITI – Associação Internacional de Críticos de Teatro da América Latina.

 

Daniela Thomas

Daniela é cenógrafa, figurinista, diretora e cineasta. Em 1983, como artista residente do grupo nova-iorquino La Mama Experimental Theater, assinou a cenografia de “All Strange Away”, de Samuel Beckett, direção deGerald Thomas, seu marido. Em 1984, foi a vez de “Beckett Trilogy”. De volta ao Brasil, em 1985, criou cenários impactantes para as montagens de “Quatro Vezes Beckett”; “Quartett” e “Carmem com Filtro”, em 1986; e “Eletra Com Creta”, em 1987.

 

Ao lado de Gerald, fundou a Companhia de Ópera Seca. Em 1990, na Alemanha, criou o cenário de “Sturmspiel”, e, no Brasil, “Fim de Jogo”, também de Gerald. No mesmo ano faz a cenografia de “M.O.R.T.E”. Em 1998, assinou a cenografia de “Domésticas”, de Renata Melo, e criou o espetáculo autoral “Da Gaivota”. A partir de 2001, consolidou uma parceria com o diretor Felipe Hirsch, assinando a cenografia de “Nostalgia” e “Os Solitários”, dois textos de Nicky Silver, e “A Morte de um Caixeiro Viajante”, de Arthur Miller.

 

No cinema, em 1994, codirigiu, com Walter Salles Jr., o filme “Terra Estrangeira”. Colaborou, ainda, em “Central do Brasil”. Em 2006, dirigiu com Salles o curta-metragem “Loin du 16ème”, parte do longa “Paris, Eu Te Amo”. Em 2007, novamente com Salles, dirigiu o longa “Linha de Passe”. Seu filme mais recente, “Insolação”, em Felipe Hirsch, foi selecionado para a mostra Horizontes, do Festival de Veneza de 2009.

 

Simone Mina

Simone é diretora de arte, cenógrafa e estilista. Integrante da Cia. Livre e da Cia. Teatral Ueinzz, tem trânsito artístico livre com outras companhias e artistas. No teatro, além dos trabalhos com a Cia. Livre, destacam-se: “As Três Velhas” (2010), “O Estranho Familiar” (2010), “Finnegans Ueinzz” (2009), “Kastelo” (2009), “Rainhas – Duas Atrizes em Busca de um Coração” (2008), “Sacrifício” (2008) e “Timão de Atenas” (2006).

 

Nas artes visuais, foi artista convidada do projeto X Moradias, com a instalação “Convite à Hospitalidade ou Exercício de Admiração I”, em 2009; áudio-instalação a partir da conferência de J.Derrida, “O Animal que Logo Sou… Corpo-Conferência #1 – Concerto Silogístico para 13 Gatos e um Homem”, em 2008; performance “Roupa-Assistida II – Bordados”, em 2006; instalação e performance “Roupa-Assistida I”.

 

Participou como cenógrafa convidada da 9ª Quadrienal de Cenografia, Figurino e Arquitetura Cênica da Republica Checa, em Praga, em 2003, representando o Brasil, com curadoria de J.C. Serroni.

 

André Cortez

Cenógrafo, André é formado em Arquitetura pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Tem especialização em Cenografia e Indumentária Teatral e participou de vários projetos no Centro de Pesquisa Teatral (CPT), coordenado por Antunes Filho.

 

Em BH, assinou o cenário de peças como “A Falecida”, de Nelson Rodrigues, e “Amor e Restos Humanos”, de Brad Fraser, com direção de Carlos Gradim. Com direção de Yara de Novaes, fez “A Serpente”, de Nelson Rodrigues, “Noites Brancas”, de Fiodor Dostoievski, e “Ricardo III”, de William Shakespeare. Em parceria com Daniela Thomas, assinou a cenografia de “Frankensteins”, dirigido por Jô Soares; “Souvenirs”, de Fernando Bonassi, e “Os Lusíadas”, de Camões, ambos com direção de Marcio Aurelio.

 

Levou os Prêmios Shell e APCA por “Dois Perdidos Numa Noite Suja” e “Amor e Restos Humanos”, o Shell-2005 pelo cenário de “A Serpente”, e melhor figurino por “Ricardo III”. Foi indicado ao prêmio Shell-2004 de melhor figurino e cenário por “Pagu Que” e ao prêmio Shell-2006 de melhor figurino por “Peça de Elevador”. Um de seus trabalhos mais recentes é “A Grande Volta”, do belga Serge Kribus, com direção deMarco Ricca.

 

José de Anchieta

Cenógrafo e figurinista, Anchieta criou cenários e figurinos para diversas montagens do Teatro do Ornitorrinco, sempre sob a direção de Cacá Rosset, entre elas: “O Doente Imaginário”, de Molière (1989); “Sonho de uma Noite de Verão”, de William Shakespeare (1991); “A Comédia dos Erros”, de William Shakespeare (1994); “O Avarento”, de Molière (1998); “O Marido Vai à Caça”, de Georges Feydeau (2006), e “A Megera Domada”, de William Shakespeare (2008).

 

Também assinou as cenografias e figurinos dos espetáculos: “Em Família”, de Oduvaldo Vianna Filho, dirigido por Antunes Filho; “Bodas de Sangue”, de Federico Garcia Lorca, dirigido por Antunes Filho; a ópera “O Homem que Confundiu Seu Chapéu com a Sua Mulher”, de M. Neimam, e o musical “José e Seu Manto Technicolor”, de Andrew Loyd Weber, ambos dirigidos por Iacov Hillel

 

Dentre os prêmios que recebeu, destacam-se o APCA, o Grand Prix – Triga de Ouro, o Prêmio Mambembe de Teatro e o Femsa Coca-Cola de Teatro Infantil.

 

Serviço

Roda de Conversa – Cenografia e Figurinos

Participantes: Daniela Thomas, Simone Mina, André Cortez, José de Anchieta

Mediação: J. C. Serroni

Quando: Segunda-feira (11/3), às 19h30

Onde: SP Escola de Teatro – Sede Roosevelt

Praça Roosevelt, 210 – Centro

Tel.: (11) 3775-8600

Inscrições: https://spescoladeteatro.org.br/palcosp/

 

 

Texto: Felipe Del

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