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Reconhecimento Após a Morte

Publicado em: 23/11/2011 |

Parte do cenário de “O Que a Terra Me Deu” (Foto: Rodrigo Meneghello)

 

Iluminação escura, sonoplastia pesada, uma única mulher divida em duas personagens. É isso que o público deve ver em uma das apresentações do Experimento do Módulo Vermelho, que ocorre esta semana, na sede da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco.

 

“O Que a Terra Me Deu” é o projeto apresentado por um grupo de aprendizes que resolveu se aprofundar em mitologia da morte. As pesquisas foram focadas nas culturas africanas, ameríndias e judaico-cristãs, “observando os pontos principais de cada uma, para, então, formar um conceito próprio de morte, comenta a aprendiz de Dramaturgia Julia Mendes.

 

A narrativa da proposta cênica também é inspirada na obra e vida de Frida Kahlo, pintora mexicana que, por conta de uma doença adquirida quando ainda pequena e de um grave acidente que sofrera já na fase adulta, viveu por muitos meses entre a vida e a morte. A história de Frida, cheia de desentendimentos, tristezas e tentativas de suicídio, foi base para o texto de “O Que a Terra Me Deu”.

 

Fazendo um paralelo com Frida, chegou-se ao conceito de herói, trabalhado nas personagens. A ideia se desenvolveu com a presença do artista-convidado Pedro Cesarino. “O herói, no entanto, percorre um caminho diferente partindo da ignorância da morte até o reconhecimento”, explica Julia.

 

O diretor do exercício cênico, Rafael Guerche, ressalta que um intenso trabalho de desenvolvimento corporal foi feito para as atrizes Juliana Straub e Natalia Oliveira. “As artistas-convidadas Juliana Monteiro e Luciana Lyra nos ajudaram nesta parte”, comenta.

 

Guerche diz, ainda, que as duas personagens compõem uma só pessoa: Frida Kahlo. Cada uma delas representa uma face da artista. A iluminação e a sonoplastia seguem o mesmo “ritmo”, conferindo um ar pesado e escuro – assim como a morte – à apresentação.

 

Para saber sobre o horário e o local dessa e de outras apresentações, clique aqui.

 

 

Ficha Técnica

Atuação: Juliana Straub e Natalia Oliveira

Cenografia e Figurino: Débora Galvão e Isaac Feitosa

Direção: Rafael Guerche

Dramaturgia: Julia Mendes, Bruno Feldman e Luan Maitan

Iluminação: Olavo Cadorini e Marcel Masson

Sonoplastia: Monique Salustiano

Técnicas de Palco: Wallacy Duarte

 
Texto: Jéssika Lopes

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