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Ponto | William Shakespeare: Eternamente Atual

Publicado em: 19/04/2011 |

19 de abril de 2011. Em exatamente 4 dias, completam-se 395 anos de nascimento e morte do maior dramaturgo que já existiu: William Shakespeare. Quase quatro séculos após ter falecido, suas obras ainda são frequentemente encenadas e ele continua sendo um dos escritores mais citados do mundo. 

 

Nascido na pequena cidade inglesa de Stratford-upon-Avon, Shakespeare era o terceiro filho do casal John e Mary. Seu pai era um bem-sucedido fabricante de produtos de couro, que chegou a alcançar o respeitável cargo de sub-prefeito da cidade.

 

Viveu sem grandes dificuldades financeiras até os 12 anos, quando seu pai faleceu, fato que o obrigou a trabalhar para ajudar a sustentar a família. Durante toda sua juventude, já lia clássicos, novelas, contos e crônicas, além de estudar latim.

 

Aos 18 anos, casou-se com Anne Hathaway, na época com 26 anos, e com quem teve três filhos: Sussana e os gêmeos Judith e Hamnet, que faleceu aos 11 anos de idade.  

 

Em busca de mais oportunidades, mudou-se para Londres, onde viveu seus melhores momentos artísticos. Em 1594, já reconhecido na área e com vários sonetos e as peças “A Comédia dos Erros” e “A Megera Domada” escritas, começou a trabalhar para a companhia de teatro “The Lord Chamberlain’s Men”, onde se desenvolveu junto com o chamado “teatro elisabetano”.

 

Os estudiosos da obra do autor costumam dividi-la em quatro partes: na primeira, até aproximadamente 1590, escreveu comédias baseadas em modelos romanos e italianos. 

 

A segunda parte, entre 1590 e 1602, compreende comédias alegres, dramas históricos e tragédias no estilo renascentista. O clássico “Romeu e Julieta” e “Julio César” foram escritos nessa fase.

 

A terceira, considerada como o “período sombrio” de Shakespeare, vai até 1610. Foi nesse período que escreveu tragédias grandiosas e comédias amargas, como “Hamlet”, “Otelo, o Mouro de Veneza”, “Macbeth” e “Rei Lear”.

 

Daí em diante lançou, principalmente, peças com final conciliatório, encerrando sua passagem magistral com “A Tempestade”.

 

Desde sua morte, Shakespeare é tido como o maior escritor de língua inglesa e um dos maiores escritores de todos os tempos, sendo indicado como influência fundamental para os artistas românticos. No Brasil, por exemplo, o autor influenciou Machado de Assis em diversas obras. 

 

Seus textos, até hoje analisados por filósofos e psicanalistas, revelaram uma habilidade única ao retratar o ser humano em toda sua individualidade e complexidade, explorando temas como amor, traição, crimes, relacionamentos afetivos, questões sociais e políticas ao ponto de conseguir aliar a visão poética e refinada a um caráter popular. 

 

Tudo isso faz com que William Shakespeare seja imortal, inesquecível, eterno. Cravou seu nome entre os grandes que já caminharam por esse mundo e seria muita ousadia tentar resumir o que representa em meras palavras. Por isso, aqui fica uma singela homenagem a este que pode ser considerado um dos deuses do teatro.

 

 

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