EN | ES

Ponto | Quando as Bruxas Vão ao Teatro

Publicado em: 30/10/2012 |





As Três Bruxas da versão de “Macbeth”, assinada por Gabriel Villela (Foto: João Caldas/Divulgação)

 

Como é sabido, amanhã, 31 de outubro, é celebrado o Dia das Bruxas. Ativistas nacionalistas tentaram fazer com que a data ficasse conhecida como Dia do Saci (há um projeto de lei federal, o de nº 2.762, de 2003, que trata do assunto), com o objetivo de resgatar uma importante figura do folclore brasileiro, em contraposição ao Dia das Bruxas, ou Halloween, de tradição cultural celta.

O fato é que aquela figura de chapéu pontudo, verruga no nariz e que usa uma vassoura para se locomover habita o imaginário popular de modo avassalador. Tanto, que está em muitas histórias, transpostas para o teatro.

A mais famosa delas talvez seja aquela sobre a qual muitos ouviram falar na infância: “Branca de Neve e os Sete Anões”. Impossível passar, incólume, pelas garras da bruxa-madrasta. Agora, já crescidos, ficamos à mercê das três bruxas que profetizam sobre o destino de “Macbeth”, no clássico de William Shakespeare.

Na recente montagem dirigida por Gabriel Villela, todo elenco de “Macbeth” é formado por homens, inclusive as tais bruxas. Com figurino assinado pelo próprio diretor, em parceria com Shicó do Mamulengo, as Três Bruxas ganharam guarda-chuvas coloridos e óculos escuros em sua indumentária. Trazendo Marcello Antony no papel-título e Cláudio Fontana, como Lady Macbeth, a peça está excursionando pelo País. No último fim de semana, ficou em cartaz em Curitiba.

Outra montagem com bruxas, onde a tragédia dá vez à comédia é “As Bruxas de Eastwick”. Na versão teatral brasileira, com adaptação e direção de Charles Möeller e Claudio Botelho para a peça de John Dempsey e Dana P. Roweo, que deu origem ao filme de 1987, com Jack Nicholson, Michelle Pfeiffer, Cher e Susan Sarandon, o elenco trouxe Eduardo Galvão, Maria Clara Gueiros, Sabrina Korgut e Renata Ricci. A peça cumpriu temporada no Rio de Janeiro e em São Paulo, em 2011.

Enfim, como diz o citadíssimo adágio espanhol: “Yo no creo en las brujas, pero que las hay, las hay” (Não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem).
 

 

 

Texto: Majô Levenstein

 

Relacionadas:

Uncategorised | 14/ 07/ 2015

Ponto | Regras para montar um currículo de ator

SAIBA MAIS

Uncategorised | 30/ 06/ 2015

Ponto | O nu coletivo no teatro brasileiro

SAIBA MAIS

Uncategorised | 23/ 06/ 2015

Ponto | Pequena biblioteca para atores

SAIBA MAIS