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Ponto | Por um Dia dos Namorados Feliz

Publicado em: 12/06/2012 |

O amor… Ah, o amor! Em comemoração ao Dia dos Namorados, celebrado nesta terça-feira (12 de junho), selecionamos os pares românticos mais famosos das peças de teatro.

 

E já que “qualquer forma de amor vale a pena”, há gato, andorinha, Romeu, Julieta, dois homens, um homem e uma mulher… Confira, a seguir, os amantes dos palcos brasileiros e mundial. Ah, e se faltou algum, fique à vontade para comentar e eleger o seu par perfeito da dramaturgia.

 

Feliz Dia dos Namorados!

 

 

O Amor em 10 Casais

 

Internacionais

 

Romeu e Julieta 

Uma das tragédias mais famosas – e talvez a mais conhecida – do poeta e dramaturgo inglês William Shakespeare. Encenada nos palcos do mundo inteiro, a obra foi escrita entre 1591 e 1595. A história trata de dois jovens que se apaixonam, mas são proibidos de viver juntos pela rivalidade que havia entre suas famílias. Na tentativa de burlar um casamento indesejado, Julieta toma uma poção para simular sua morte. Romeu encontra a moça desacordada e, sem saber do plano, ingere veneno e morre. Julieta acorda e vê seu amado morto. Em lágrimas, usa a adaga de Romeu para se matar.

 

Tristão e Isolda

Originário dos povos celtas do noroeste Europeu, o mito tomou forma com a produção literária dos normandos do século XII e, mais tarde, foi integrado aos contos da Távola Redonda do Rei Arthur. Outra história de amor proibido, Tristão é um cavalariço de seu tio da Cornualha e, Isolda, princesa irlandesa. Os dois se apaixonam, mas ela está destinada a se casar com o tio de Tristão. O romance termina com o cavalariço ferido mortalmente numa batalha e Isolda morrendo de tristeza. A partir do século XIX, a história ganhou destaque e foi adaptada para a literatura, cinema, ópera e teatro.

 

Encólpio e Ascilto

Aqui, o romance é entre dois homens. A obra latina “Satíricon” descreve a aventura de Encólpio e Ascilto pela Roma decadente. O servo Gitão se enamora de Encólpio, provocando ciúmes e brigas. Escrita pelo prosador romano Petrônio, no ano 60 da era cristã, o trabalho foi já adaptado para o cinema pelo italiano Federico Fellini. No teatro, a Cia. de Teatro Os Satyros se inspirou nos escritos e está em cartaz com a montagem “Satyros Satiricon”, no Espaço Satyros II, na Praça Roosevelt.

 

Dante e Beatriz

Nascido em 1265, em Florença, na Itália, Dante Alighieri escreveu o clássico da literatura “A Divina Comédia”, que narra uma viagem pelo Inferno, Purgatório e Céu. Quando tinha nove anos, Dante conheceu Beatrice Portinari, por quem se apaixonou intensamente. Ambos de casamento prometido, a moça ficou noiva de um banqueiro e Dante, de outra mulher. Depois da morte de Beatrice, Dante resolveu eternizar seu amor platônico transformando a moça em personagem de sua obra-prima. O livro já foi adaptado para os palcos, além de HQ’s, games e cinema.

 

Oscar Wilde e Alfred Douglas

Uma carta de amor e sofrimento. “De Profundis” é um relato do escritor britânico Oscar Wilde, feito em 1897, enquanto estava na prisão. Qual seu crime? Amar o aristocrata Lord Alfred Douglas. A família do jovem processou o escritor, que foi condenado a dois anos de prisão. Douglas afirmava nunca ter recebido a carta, mas, em 1949, uma parte dela veio a público. A versão completa só foi revelada uma década depois, trazendo a dor e a loucura de confinar um amante apaixonado. Em 1993, a Cia. de Teatro Os Satyros montou a obra, com direção de Rodolfo García Vázquez e texto de Ivam Cabral. 

 

Cenário de “Não Sobre o Amor”, no Festival de Teatro de Curitiba

 

Nacionais

 

Flor e Vadinho

Do romancista brasileiro Jorge Amado, “Dona Flor e Seus Dois Maridos” narra a feliz história de uma mulher na Bahia dos anos 40. Dona Flor perde o marido, Vadinho, precocemente. Filho de Exu, o homem era jogador, alcoólatra e malandro. A viúva sofre com a saudade do boa-vida, até que se encanta pelo recatado e religioso farmacêutico Teodoro, que não a satisfaz na cama. Mas, um dia, o espírito de Vadinho aparece nu, no quarto da viúva, e a chama para “vadiar”. A partir daí, Dona Flor passa a levar uma vida dupla: entre a segurança do casamento com um marido fiel e responsável e a “caliente” sensualidade do outro. A obra foi adaptada para as telas em 1976, com Sonia Braga, José Wilker e Mauro Mendonça; em 1998, virou minissérie na Rede Globo, com Giulia Gam, Edson Celulari e Marco Nanini. Nos palcos, até o início deste ano, Carol Castro encarnou Dona Flor; Duda Ribeiro, Teodoro, e Marcelo Faria, Vadinho.

 

Roberta e Mariano

O espetáculo “Intimidade Indecente” fala de solidão, sexo e a paixão dos amores antigos. De autoria da dramaturga Leilah Assumpção, a peça narra a história de um casal, Roberta e Mariano, que se separa aos 50 anos de idade, e os seus reencontros nos anos seguintes de suas vidas. A montagem já esteve em cartaz durante cinco anos e foi vista por mais de 300 mil pessoas. No elenco, grandes atores viveram o casal. Marcos Caruso e Irene Ravache, que depois foi substituída por Vera Holtz. Também fizeram par nele os atores Otávio Augusto e Lucinha Lins. “Intimidade Indecente” rendeu o prêmio de Melhor Autor a Leilah Assumpção pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), em 2004.

 

Victor Shklovsky e Elsa Triolet

Mais um romance entre cartas. Do livro “Letters No Above Love” surgiu a peça “Não Sobre o Amor”, da Sutil Companhia de Teatro, com adaptação e direção do curitibano Felipe Hirsch. A obra descreve as mensagens entre o escritor russo, exilado na Alemanha, no início do século passado, e sua amada, batizada de Alya na peça. Sob exigência da mulher, o conteúdo das cartas poderia ser sobre qualquer coisa, exceto o amor. Shklovsky aceita a condição para se comunicar com a amada. Com estreia no Festival de Teatro de Curitiba, em 2010, os atores Leonardo Medeiros e Simone Spoladore interpretaram os amantes. No cenário, assinado por Daniela Thomas, tudo estava fora da posição normal: a cama presa à parede, a lâmpada no chão, ao lado da porta, e as janelas, no teto. 

 

O Gato Malhado e A Andorinha Sinhá

Os animais também amam e pouco importa se eles são da mesma espécie.  Mais um dos clássicos de Jorge Amado, a história traz um felino solitário e mal-humorado, que se apaixona por uma bela e alegre andorinha. A obra era um presente de aniversário para o filho do autor, João Jorge, e foi escrita em novembro de 1948. O romance da ave com o gato foi reprovado por todos os outros animais do parque, que não acreditaram num amor tão diferente. A fábula ganhou os palcos sob a direção de Vladimir Capella, dentro do Projeto Literatura no Teatro, do Centro Cultural do Grupo Silvio Santos, em São Paulo. Em 2003, recebeu o prêmio de Melhor Espetáculo Infantil e Melhor Direção pela APCA e o Coca-Cola Femsa de Melhor Espetáculo Infantil, Melhor Produção (Cíntia Abravanel), Melhor Direção e Melhor Figurino (J.C Serroni).

 

A Julieta e O Romeu

Os atores Esio Magalhães e Andrea Macera, do Barracão Teatro, encenaram uma coletânea bem humorada das obras de William Shakespeare. No papel da atriz Mafalda Mafalda e de seu estagiário, os dois palhaços mostram o seu amor, suas brigas e alegrias. Com direção de Naomi Silma, os atores “brincam” com fragmentos de “Macbeth”, “Otelo”, “Hamlet”, entre outras histórias clássicas do bardo.

 

Texto: Leandro Nunes

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