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Ponto | Imperial Theatro São Pedro de Alcantâra

Publicado em: 25/01/2011 |

Inaugurado em 13 de outubro de 1813, no Rio de Janeiro, o Imperial Theatro São Pedro, precursor do Real Theatro São João, localizado na Praça Tiradentes, na ocasião chamado Campo do Polé, foi destruído por um incêndio em março de 1824. E esse seria, somente, o primeiro incêndio que o imortal teatro enfrentaria.
 

A reedificação fora feita e, dois anos depois, em 1826, era reinaugurado com um novo nome. A partir de então, o teatro passaria a se chamar Imperial Theatro de São Pedro de Alcantâra, atendendo ao pedido de seu proprietário Fernando José de Almeida, responsável pela reforma. No ano de 1830, o artista João Caetano fez sua estréia naquele palco.
 

Tanto o teatro como o local onde foi construído foram rebatizados mais de uma vez. A praça foi intitulada de Praça dos Ciganos e, tempos depois, Praça da Constituição, já o teatro, em 1931, foi denominado Theatro Constitucional Fluminense. A primeira peça encenada no novo ambiente foi “O Aldeão Magistrado”, um drama em cinco atos.
 

Com a necessidade de nova reforma, surgia mais um motivo para alteração de nome. E foi assim que, em 1838, o imponente Theatro Constitucional Fluminense, após receber a primeira comédia brasileira de costumes, se despediu do público para, no ano seguinte, no dia 7 de setembro, ressurgir como o moderno e estruturado Theatro de São Pedro de Alcantâra.
 

Passados alguns anos, outro incêndio, o segundo da história do teatro, agora em 1851, o destruiu, restando apenas quatro paredes esfumaçadas. O ator João Caetano, muito abalado, resolveu reconstruí-lo.
 

Após grandes despesas e muito trabalho, em 18 de agosto de 1852, renasce o Theatro de São Pedro de Alcantâra. Todavia, quatro anos depois, em 27 de janeiro, outro devastador incêndio, o terceiro, provocou o fechamento temporário do teatro.
 

Tal qual a fênix, figura mitológica que renasce das cinzas, em janeiro de 1857, o teatro ressurge. Desta vez com modificações. Graças ao esforço de João Caetano, o teatro recebe o drama “Affonso Prieto”.
 

Atualmente, a Praça tem o nome de Tiradentes, principal ponto político, cultural e cênico do Rio de Janeiro. Já o teatro, hoje, chama-se João Caetano. Uma justa homenagem ao ator que jamais deixou de acreditar na arte.

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