Pode-se dizer que o teatro não existe sem livros. Assim, no Dia do Bibliotecário, celebrado hoje, 12 de março, a seção Ponto resolveu homenagear as bibliotecas que existem em museus e escolas de teatro.
Na Bahia, por exemplo, há a Biblioteca da Escola de Teatro Nelson Araújo, que fica no Campus Canela da UFBA (Universidade Federal da Bahia). Em seu acervo há, exclusivamente, livros para quem faz e estuda as artes do palco.
Em Portugal, boas opções para os pesquisadores da área são os acervos da Biblioteca do Museu Nacional do Teatro e o da Biblioteca do Teatro Nacional D. Maria II. No primeiro, que se encontra no edifício principal do Museu – Palácio do Monteiro-Mor, estão três importantes bibliotecas privadas: a de Amélia Rey-Colaço, de Francisco Ribeiro (Ribeirinho) e de António Magalhães, além do fundo documental do antigo Grêmio dos Artistas Teatrais e acervos doados por atores e atrizes lusitanos.
Já a Biblioteca do Teatro Nacional D. Maria II possui mais de 17 mil monografias (entre elas, 912 folhetos de Teatro de Cordel dos séculos 17 a 19, pertencentes à coleção do bibliófilo Albino Forjaz de Sampaio), textos cênicos (do século 19 aos nossos dias); programas e brochuras; material gráfico e iconográfico (cartazes, caricaturas, desenhos, figurinos); registros biográficos de atores, dramaturgos, encenadores, entre outros (desde o séc. 19 até a atualidade); registros videográficos da atividade do TNDM II (de 1978 até os dias de hoje); arquivo de fotografias de espetáculos do TNDM II (da década de 20 do século 20 aos dias atuais); arquivo de repertório do TNDM II e de outros teatros; arquivo de críticas teatrais; partituras (impressas e manuscritas); publicações periódicas especializadas; obras de referência de teatro e artes performativas. Consulte aqui o catálogo online da Biblioteca do Teatro Nacional D. Maria II.
Parte do acervo na Sede Roosevelt (Foto: Arquivo SP Escola de Teatro)
E a SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco não deixa por menos. Nela, existe um acervo com mais de 2.300 obras. Divididos entre a Sede Roosevelt e Brás, há títulos sobre artes gráficas, cenografia, cinema, crítica teatral, filosofia, história do teatro, jornalismo, literatura, peças teatrais, psicologia, religião e, claro, teatro. Grande parte dele foi doada por um dos idealizadores da Escola, o ator, jornalista, professor, diretor e dramaturgo Alberto Guzik (1944 – 2010) e pela crítica teatral e dramaturgista Christiane Riera (1968 – 2012).
A equipe que cuida desse valioso conteúdo é liderada pelo bibliotecário Nilson Júnior. Ele e os estagiários Priscila Galdino e Daniel Sanches se dividem para documentar, catalogar e organizar as obra nos dois espaços. Além disso, atendem aos aprendizes e auxiliam na pesquisa de outras obras.
Até o momento, as bibliotecas cumprem o horário de segunda a sexta, das 8h30 às 15h30, no Brás, na sala 09; e das 11h às 18h, na Roosevelt, no 5º andar. A partir da próxima terça-feira (19), os dois espaços funcionarão durante todo o dia, das 8h30 às 18h00.
Pela internet, é possível consultar o acervo físico e online, aqui.
A Biblioteca está aberta para consulta e empréstimo aos aprendizes e colaboradores (período de 7 dias, renováveis), e, ao público externo, somente para consulta.
Serviço:
Biblioteca SP Escola de Teatro
Sede Roosevelt
Horário de funcionamento: De segunda a sexta, das 11h às 18h
Onde: Praça Roosevelt, 210 – Consolação
Tel.: (11) 3775-8600
Sede Brás
Horário de funcionamento: De segunda a sexta, das 8h30 às 15h30
Onde: Avenida Rangel Pestana, 2401 – Brás
Tel.: (11) 2292-7988
A partir da próxima terça-feira (19), as duas unidades funcionarão integralmente, de segunda a sexta, das 8h30 às 18h.
Texto: Majo Levenstein e Leandro Nunes
