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Ponto | Apalpando o seio de Julieta

Publicado em: 21/10/2014 |

Muitas são as referências à Shakespeare e sua obra que perduram até os dias de hoje. Uma das que mais rendem representações é “Romeu e Julieta”. A peça, que é tida por muitos como a maior história de amor de todos os tempos e arquétipo do amor juvenil, foi escrita entre 1591 e 1595 e se passa em Verona, na Itália. Na semana passada, mesmo, ela foi tema de nossa Série Minimalista.

 

Pois bem. Uma das mais curiosas dessas referências contribui para reforçar a confusão entre ficção e realidade que cerca a tragédia de Shakespeare: reza a lenda que os protagonistas realmente existiram e inspiraram a história – que teve, inclusive, versões anteriores à do Bardo. Essa teoria é sustentada, em grande parte, pela Casa de Julieta, principal atração turística da cidade de Verona. 

 

Localizada na Via Cappello, 23, a Casa di Giulietta foi construída no século XIV. O belo casarão, que ainda exibe em sua entrada o brasão da família, tem um jardim interno e, como não poderia deixar de ser, uma varanda no andar superior, cenário onde se passa uma das mais conhecidas cenas do romance. 

 

Mas, sem dúvidas, a mais curiosa atração do ambiente é a estátua de Julieta no pátio. Amantes de todo o mundo enviam milhares de cartas com seus próprios dramas amorosos para que a icônica figura responda e solucione-os. E, acredite, todos os contatos são respondidos, mas pela equipe da associação Giulietta Club (www.julietclub.com), composta por cidadãs de Verona, que assinam como “secretária de Julieta”.

 

Voltando à estátua, o fato mais estranho de toda essa história: o seio direito da peça de bronze está gasto por uma razão no mínimo curiosa. Tornou-se um costume inabalável ir até a estátua e acariciar seu seio… direito! Não serve a esquerdo ou qualquer outra parte do corpo. Não se sabe a razão dessa crença – talvez pelo fato de que o outro seio esteja parcialmente coberto pelo braço de Julieta –, mas, segundo ela, aquele que der a apalpada terá grande sorte no amor.

 

Realidade ou pura invencionice, é certo que se trata de um atrativo interessante em uma cidade que, graças à genialidade do Bardo, ficou mundialmente conhecida como “a cidade dos namorados”.

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