“Uma representação imitadora de uma ação séria, concreta, de certa grandeza, representada, e não narrada, por atores em linguagem elegante, empregando um estilo diferente para cada uma das partes, e que, por meio da compaixão e do horror provoca o desencadeamento liberador de tais afetos.” Assim Aristóteles descreveu a tragédia grega.
Esse famoso gênero teatral nasceu na Grécia Antiga, originado a partir dos ditirambos – corais dedicados ao deus Dionísio. Neles, eram entoadas, em coro, canções exaltando o deus. Expressões literárias como a poesia lírica e a poesia épica também influenciaram o texto trágico.
A tragédia grega é um drama que geralmente inclui um personagem central – um herói trágico – que enfrenta um poder transcendental, como o destino, que controla o fluxo dos acontecimentos. No final, após intensa luta, o herói, incondicionalmente, é punido com um grande sofrimento por sua ousadia.
Nesse momento, tamanha é a emoção provocada pelo desfecho, que o público é atingido por uma espécie de sofrimento alheio.
Segundo Aristóteles, essa experiência, intitulada por ele de “catarse”, era benéfica aos espectadores, pois estes sentiam tanta compaixão e pena pelo destino do herói, que eram submetidos a um “exorcismo coletivo”, purificando assim suas almas.
Os três nomes mais importantes da literatura grega são Sófocles, Eurípedes e Ésquilo, autores cujos trabalhos são constantemente remontados. Só para citar um exemplo, “Édipo Rei”, escrita por Sófocles, por volta de 427 a.C, ainda é uma das tragédias gregas mais populares que conhecemos.
Definida por Aristóteles como a mais perfeita do gênero, seduziu e seduz até hoje grandes diretores e encenadores ao redor do mundo.