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Ponto | 450 anos de William Shakespeare

Publicado em: 22/04/2014 |

 

William Shakespeare nasceu e morreu no dia 23 de abril. Veio ao mundo no ano de 1564 e o deixou em 1616 e, nesse meio-tempo, deu vida a uma extensa e influente obra que o fez ser clamado como o maior dramaturgo que já existiu. Neste dia 23 de abril, celebram-se 450 anos de seu nascimento – e, consequentemente, 398 anos de sua morte.

 

Quase quatro séculos após ter falecido, as obras do “Bardo” ainda são frequentemente encenadas e ele continua sendo um dos escritores mais citados do mundo. Não à toa, Harold Bloom, o crítico literário mais famoso da atualiade, credita a  Shakespeare a “invenção do humano”.

 

Nascido na pequena cidade inglesa de Stratford-upon-Avon, Shakespeare era o terceiro filho do casal John e Mary. Seu pai era um bem-sucedido fabricante de produtos de couro, que chegou a alcançar o respeitável cargo de sub-prefeito da cidade. 

 

Viveu sem grandes dificuldades financeiras até os 12 anos, quando seu pai faleceu, fato que o obrigou a trabalhar para ajudar a sustentar a família. Durante toda sua juventude, já lia clássicos, novelas, contos e crônicas, além de estudar latim.

 

Aos 18 anos, casou-se com Anne Hathaway, na época com 26 anos, e com quem teve três filhos: Sussana e os gêmeos Judith e Hamnet, que faleceu aos 11 anos de idade. 

 

Em busca de mais oportunidades, mudou-se para Londres, onde viveu seus melhores momentos artísticos. Em 1594, já reconhecido na área e com vários sonetos e as peças “A comédia dos erros” e “A megera domada” escritas, começou a trabalhar para a companhia de teatro The Lord Chamberlain’s Men, onde se desenvolveu junto com o chamado “teatro elisabetano”.

 

Os estudiosos da obra do autor costumam dividi-la em quatro partes: na primeira, até aproximadamente 1590, escreveu comédias baseadas em modelos romanos e italianos.  

 

A segunda parte, entre 1590 e 1602, compreende comédias alegres, dramas históricos e tragédias no estilo renascentista. “Romeu e Julieta” e “Julio César”foram escritos nessa fase. 

 

A terceira, considerada como o “período sombrio” de Shakespeare, vai até 1610. Foi nesse período que escreveu tragédias grandiosas e comédias amargas, como “Hamlet”, “Otelo, o mouro de Veneza”, “Macbeth” e “Rei Lear”. Daí em diante lançou, principalmente, peças com final conciliatório, encerrando sua passagem magistral com “A tempestade”.

 

Desde sua morte, Shakespeare é tido como o maior escritor de língua inglesa e um dos maiores escritores de todos os tempos, sendo indicado como influência fundamental para os artistas românticos. No Brasil, por exemplo, o autor influenciou Machado de Assis em diversas obras. 

 

Seus textos, até hoje analisados por filósofos e psicanalistas, revelaram uma habilidade única ao retratar o ser humano em toda sua individualidade e complexidade, explorando temas como amor, traição, crimes, relacionamentos afetivos, questões sociais e políticas, ao ponto de conseguir aliar a visão poética e refinada a um caráter popular. 

 

Tudo isso faz com que William Shakespeare seja imortal, inesquecível, eterno. Cravou seu nome entre os grandes que já caminharam por esse mundo. Seria muita ousadia tentar resumir o que representa em meras palavras, por isso, aqui fica uma singela homenagem a este que pode até ser considerado um dos deuses do teatro.

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