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Performance à deriva

Publicado em: 02/07/2014 |

Na quinta-feira passada (26), o Coletivo Teatro Dodecafônico, grupo de estudo e experimentação em intervenção e performance urbana que cumpre residência artística na SP Escola de Teatro desde março, realizou uma grande intervenção pelo centro da cidade, com ações desenvolvidas em locais como a Praça Roosevelt, o Ed. Copan, o Metrô República e a esquina das avenidas Ipiranga e São Luís.

 

(Foto: André Stefano / Arquivo SP Escola de Teatro)

 

A jornalista Janaina Quiterio acompanhou as ações e escreveu um post em seu blog Vi(ver) n_a cidade, dedicado a falar sobre ocupações de espaços urbanos. Leia abaixo:

 

“Performance à deriva

Eles vieram da rua da Consolação e entraram na rua Araújo movimentando a calçada. Em direção ao Edifício Copan, o grupo de 20 pessoas dançou ao ruído de carros, das buzinas e dos toc toc de saltos altos – mas só para quem observava, porque a música badalava através de seus fones de ouvido.

 

Os corpos se agitaram até caírem na calçada que bifurca a rua Araújo e a Ipiranga, em frente à entrada do Copan. Lá, os performers desabaram seus pesos, esticaram-se sobre a calçada e, dali, contemplaram a cidade enquanto o público convidado – passantes que circulavam pela região às 3 da tarde – desenhou o contorno de seus corpos. Giz e carvão rascunharam a forma daqueles que se puseram a olhar a cidade do chão ao azul das alturas. Do asfalto, nem ônibus, nem pressa: apenas as famosas curvas de concreto de um dos prédios mais emblemáticos de São Paulo.

 

A performance foi a finalização da residência promovida pelo Coletivo Teatro Dodecafônico – grupo de estudos e experimentação em performance urbana –, na SP Escola de Teatro. Da Praça Roosevelt até a Praça Dom José Gaspar, o coletivo convidou o público para uma dança, para um novo olhar para a cidade, esbarrando-se, movimentando-se, grafando pensamentos em chãos e muros. A rua como espaço de ação.

 

Quando seguiram caminho, deixaram a calçada marcada: pensamentos, sonhos e poemas ao sabor da cidade. Para quem ali permaneceu, restou a vontade de que a arte transite nas ruas de domingo a domingo, em qualquer horário – e sem catracas.”

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