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Papo de Teatro com Xicão Alves

Publicado em: 25/02/2013 |


Xicão Alves, o entrevistado desta semana da seção Papo de Teatro (Fotos: Christian Lesage/Divulgação)

Xicão Alves é figurinista, assessor e agente de atores.

Como surgiu o seu amor pelo teatro?
Quando, ainda adolescente, passei em frente à Escola de Teatro Martins Pena, no Rio, cidade onde nasci.

Lembra da primeira peça a que assistiu? Como foi?
“A Longa Noite de Cristal”. Adorei!!… Não consegui dormir direito naquela noite.

Um espetáculo que mudou a sua vida foi… 
“Macunaíma”,  em 1978.

Um espetáculo que mudou o seu modo de ver teatro foi…
“A Morte de Danton”, encenado dentro das obras do metrô, no Rio, no final dos anos 70.

Já saiu no meio de um espetáculo? Por quê?
Não.

Teatro ou cinema? Por quê?
Cinema. Embora goste muito de teatro, o cinema me leva pra longe…

Cite um espetáculo do qual você gostaria de ter participado. E por quê?
 
“Macunaíma”, pela festa que deve ter sido as turnês.

Já assistiu mais de uma vez a um espetáculo? E por quê?
Trabalhando com divulgação, geralmente temos de assistir várias vezes aos espetáculos que estamos divulgando.

Qual dramaturgo brasileiro você mais admira? E estrangeiro?
Hamilton Vaz Pereira e Tennessee Williams.  O Hamilton por ter trabalhado com ele desde o grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone e pela simplicidade de suas montagens. O Tennessee pela força dos textos.

Qual companhia brasileira você mais admira?
Grupo Galpão.

Existe um grupo ou artista o qual você acompanhe todos os trabalhos?
Marília Pêra. Vejo todas as peças dela.

Qual gênero teatral você mais aprecia? 
Comédia.

Em qual lugar da plateia você gosta de sentar? Por quê? Qual o pior lugar em que você já se sentou em um teatro? 
Na cadeira do corredor, nas últimas fileiras, porque é fácil de sair. O pior lugar em que já me sentei foi na coxia.

Existe peça ruim ou o encenador é que se equivocou? 
Geralmente é o encenador que erra na mão.

Como seria, onde se passaria e com quem seria o espetáculo dos seus sonhos?
Uma comédia passada na França, no século 19, com a Marília Pêra.

Cite um cenário surpreendente.
Todos do Antunes Filho.

Cite uma Iluminação surpreendente.
 
Todas do Maneco Quinderé… Ele arrasa!!

O que não é teatro? 
Esses musicais chatos que invadiram a cidade…

A ideia de que tudo é válido na arte cabe no teatro?
Não.

Na era da tecnologia, qual é o futuro do teatro? 
Mesmo com toda a tecnologia, o teatro jamais morrerá.

Em sua biblioteca, não podem faltar quais peças de teatro?
“Um Bonde Chamado Desejo”, “A Visita da Jovem Senhora” e “Toda Nudez Será Castigada”.

Cite um diretor (a), um autor (a) e um ator/atriz que você admira.
Diretor: Antunes Filho; autor: Nelson Rodrigues, e atriz: Bete Coelho.

Qual o papel da sua vida?
O Conde de Monte Cristo.

Uma pergunta para William Shakespeare, Nelson Rodrigues, Bertolt Brecht ou algum outro autor ou personalidade teatral que você admire.
Para Nelson Rodrigues: “Sr. Nelson, todo sogro quer passar pelo menos uma noite com seu genro??” (risos).

O teatro está vivo?

Sim, sempre!!!

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