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Papo de Teatro com Mara Carvalho

Publicado em: 02/07/2012 |

Mara Carvalho (Foto: Divulgação)

 

 

Mara Carvalho é atriz e dramaturga


Como surgiu o seu amor pelo teatro?
Sempre quis ser atriz. Quando tive a oportunidade de começar a frequentar teatro, como espectadora, me apaixonei. Ai, corri atrás, batendo de porta em porta, tentando fazer testes. Mas a gente nunca sabe se vai ou não realizar nossos sonhos. Eu não sabia, mas não desisti…

Lembra da primeira peça a que assistiu? Como foi?
“Morte Acidental de Um Anarquista”. Foi maravilhoso.

Um espetáculo que mudou o seu modo de ver o teatro foi…
Cada espetáculo tem sua função motivadora. Alguns mostram aquilo que eu não quero fazer. Outros são modelos do que ainda quero realizar.

Um espetáculo que mudou a sua vida.
“In On It” e “De Corpo Presente”.

Você teve algum padrinho no teatro?
Não. Trabalhei muito com o Fagundes (Antônio Fagundes, ex-marido da atriz), mas quando comecei, fiz teste e entrei por escolha do diretor.

Já saiu no meio de um espetáculo?
Não. Já tive vontade, mas por respeito à obra, aguentei até o fim.

Teatro ou cinema?

Os dois. Cada um tem sua linguagem, mas tudo é aprendizado e realização.

Cite um espetáculo do qual você gostaria de ter participado. E por quê?
Todos que têm bons personagens e boa direção.

Já assistiu mais de uma vez a um mesmo espetáculo? E por quê?
“Hair”, “Vermelho” e outros. Acho interessante ver a evolução e o crescimento do ator.

Qual dramaturgo brasileiro você mais admira? E estrangeiro?

Nelson Rodrigues. Entre os estrangeiros, David Mammet, Peter Shaffer, John Logan. Pela inteligência, sensibilidade e o talento com os quais conseguem alcançar seu objetivo, dar sua mensagem.

Existe um artista ou grupo de teatro que você acompanhe todos os trabalhos?
A atriz e cantora Naíma.


Qual gênero teatral você mais aprecia?

Todos. Desde que seja bom e idôneo.

Em qual lugar da plateia você gosta de se sentar? Qual o pior lugar em que você já se sentou em um teatro?

Gosto de me sentar bem no meio, para ver melhor. O pior lugar para se sentar, na minha opinião, é a primeira fila e a última.

Existe peça ruim ou o encenador é que se equivocou?

Existe peça ruim, encenadores ruins que estragam peças boas e atores ruins que estragam a peça e comprometem o texto e a direção. Tem de tudo.  Existem boas atuações em textos ruins e também péssima direção, que destrói textos bons.

Como seria, onde se passaria e com quem seria o espetáculo dos seus sonhos?
Tenho muita vontade de fazer um musical. Com bons profissionais e com boa atuação. O que eu acho que mais compromete os musicais no Brasil é a atuação. Existem excelentes cantores, mas que não são bons atores.

Cite um cenário surpreendente.

“Zoológico de Vidro”, do Ulysses Cruz.


Cite uma iluminação surpreendente.

“Zoológico de Vidro”, também.

Cite um ator que surpreendeu suas expectativas.
Bruno Fagundes.

O que não é teatro?

Zé Celso.

A ideia de que tudo é válido na arte cabe no teatro?
Acho que não… Teatro é teatro. Texto, ator e direção se dedicando ao público. Pra mim, o público tem de ser tocado. Nem tudo que é arte para o artista é considerado arte para o espectador. Tem de haver um empenho para que o público sinta a arte, perceba a arte.

Na era da tecnologia, qual é o futuro do teatro?
Não sei…

Em sua biblioteca, não podem faltar quais peças de teatro?

Todos os clássicos, modernos e contemporâneos.

Cite um diretor (a), um autor (a) e um ator/atriz que você admira.

Diretores: Ulysses Cruz, João Falcão Jorge Takla e Miguel Falabella.

Atores: Antônio Fagundes, Selton Mello,  Humberto Martins e Andrea Beltrão.


Qual o papel da sua vida?
Os que eu estou fazendo em “Ator Mentada”.

Uma pergunta para William Shakespeare, Nelson Rodrigues, Bertold Brecht ou algum outro autor ou personalidade teatral que você admira.
Para o Nelson Rodrigues: “Por que o mineiro só é solidário no câncer?”.

O teatro está vivo?
Claro! Graças a Deus.

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