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Palco SP | Costurando as Fronteiras da Cenografia

Publicado em: 14/03/2013 |

Desde a segunda-feira (11), o tema “Cenografia” vem sendo cercado por todos os lados. O espaço para esse diálogo chama-se Palco SP – Encontro Internacional Sobre o Ensino da Cenografia, realizado na SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco. Até o próximo sábado (16), representantes da África, Américas do Sul e Norte, Europa, Ásia e Oceania protagonizam a discussão em torno da criação cênica contemporânea.


Ontem (13), uma mesa de discussão recebeu dois profissionais da América do Norte. Peter Mckinnon ocupou o espaço às 15h e compartilhou sua experiência como educador e designer de luz. O canadense é professor de Design e Gestão no Departamento de Teatro da Universidade de Nova York. Como iluminador, atuou em mais de 450 espetáculos de dança e óperas.

 

Peter Mckinnon durante mesa de discussão (Foto: Arquivo SP Escola de Teatro)

 

O segundo participante foi o professor de cenografia da americana Brigham Young University, Eric Fielding. Ao longo de 28 anos, ele residiu o Departamento de Teatro e Artes Midiáticas na universidade e assinou cenário e iluminação de mais de 270 peças, musicais, óperas e filmes. Na palestra, Fielding dividiu com o público a cena teatral nos EUA e o cotidiano das escolas de teatro.


Mckinnon procurou equalizar a produção em Toronto, capital cultural de seu país, com a cena paulistana. “Qual a população de São Paulo?”, perguntou. Da plateia, algumas pessoas sugeriram: “Mais de 11 milhões!”. O professor, nada admirado, concluiu: “Temos apenas 3 milhões de pessoas na cidade. E o movimento de estreias e temporadas surgiu por volta de 1970, portanto muito jovem”, comparou.


Já Fielding elencou os números do ensino das artes do palco nos EUA, além de contar como se dá a formação dos artistas no país. Logo após, expôs uma galeria de fotos com seus principais trabalhos. Entre eles, óperas na Utah Opera, e o espetáculo em cartaz na Igreja de Jesus dos Santos do Últimos Dias, “Hill Cumorah Pageant”, onde assinou os sete cenários individuais, incluindo um antigo templo maia, erguido no alto de uma colina.

 

O professor e cenógrado Eric Fielding (Foto: Arquivo SP Escola de Teatro)

 

Para finalizar, Peter percorreu a evolução das técnicas e aconselhou os aprendizes: “Ainda que você tenha os melhores equipamentos, é preciso ter muita sensibilidade e equilíbrio. Teatro é comunicação entre pessoas e nada pode interferir nesse contato”, afirmou.

 

Texto: Leandro Nunes

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