Começou na segunda-feira (28), um ciclo de palestras e oficinas sobre uma arte famosa no Nordeste do País, o Teatro de Mamulengos. Trata-se da terceira edição do Encontro de Mamulengo. O evento, que reúne 21 grupos do Brasil, Argentina, Portugal e Cuba, segue até domingo (3).
O festival leva apresentações a diversos pontos da cidade e celebra o movimento de criação e manipulação de bonecos, típico de Pernambuco.
Entre os destaques nacionais, o mamulengueiro pernambucano Mestre Zé de Vina, que apresenta trabalhos de sua trajetória de mais de 60 anos de carreira, além de grupos locais como “A Mala dos Mamulengos”, de Campinas, criado pelo ator e artista circense Christian Mathias. O cubano Teatro Nacional del Guiñol, fundado em 1963, vem ao Brasil pela primeira vez. Referência histórica no Teatro de Bonecos, já montou mais de 150 títulos em mais de 20 países.
O arte-brincador Danilo Cavalcante, do “Mamulengo da Folia”
A Origem do Mamulengo
Os bonecos de mamulengo são feitos a partir de madeira extraída de uma árvore típica do Nordeste, o mulungu, que pertence ao gênero Erythrina, tem mais de 50 espécies nativas e é macia, consistente e de fácil manejo.
Para os mamulengos, usa-se a Erythrina Verna, que pode ser esculpida ainda verde. Após secar, o artesão cobre o trabalho com massa corrida, látex e o pinta. Uma árvore de mulungu, de tamanho médio, pode produzir até mil bonecos.
O 3º Encontro de Mamulengo tem curadoria do criador do “Mamulengo da Folia”, Danilo Cavalcante. Seu projeto, criado em 2005, estendeu-se para “Mamulengo na Escola” e foi contemplado com o prêmio Culturas Populares Mestre Duda – 100 anos de Frevo.
Serviço
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Texto: Leandro Nunes
