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O fogo interior da obra de Mayenburg

Publicado em: 17/07/2013 |

Cena do exercício de leituras encenadas com o texto “Cara de Fogo”, de Marius von Mayenburg (Foto: André Stéfano)

Para fechar com chave de ouro o exercício de leituras encenadas de textos de autores contemporâneos, proposto aos aprendizes de Direção pelo coordenador do curso, Rodolfo García Vázquez, e pela formadora, Bernadeth Alves, foram apresentadas, na última sexta-feira (12), as obras “Ânsia”, de Sarah Kane, e “Cara de Fogo”, de Marius von Mayenburg.

A sala escura, com elementos que remetiam a uma grande fogueira, deu o clima para que os aprendizes do módulo Verde que participavam da atividade, Gustavo Guimarães Gonçalves, Nara Eliza Marques e Rachel Seixas Busse Mattos Xavier, dessem voz à obra de Marius von Mayenburg.
 
Na obra, um emaranhado de contradições de sentimentos e ações. Voltar a encontrar o momento do nascimento, reviver a sensação do momento da saída, em sofrimento, do ventre da mãe. É essa a ideia que move Kurt, um jovem adolescente, com fascínio pelo fogo, no seio de uma família presa num limbo entre a falta de comunicação e a ausência de amor. Uma relação incestuosa, entre Kurt e Olga, surge como um incêndio que os consome. Entretanto, aparece Paul, que se torna namorado de Olga e, rapidamente, passa a fazer parte do cotidiano da família. Num auge de insanidade e destruição, Kurt queima tudo o que provoque uma chama deslumbrante. A mesma chama interior de Kurt, que só poderá ser extinta no dia em que conseguir recordar o instante violento do seu nascimento.

E é uma dessas cenas da leitura, sob o foco do fotógrafo André Stéfano, que ilustra a seção Click! desta semana.
  

Texto: Esther Chaya Levenstein

 

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