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“Nome, Verbos e Objetos”, na reestreia do SP Dramaturgias

Publicado em: 17/04/2013 |

José Motta e Fernanda Otaviano, na leitura de “Nome, Verbos e Objetos”, no projeto SP Dramaturgias
(Foto: SP Escola de Teatro/Arquivo)

Apertem os cintos! O SP Dramaturgias está de volta e com todo o gás do mundo. Na noite de ontem (16), os aprendizes Fernanda Otaviano, Mariana Sapienza e José Motta, de Atuação; Douglas Lima e Robson Salvador, de Direção; Marcelo Oriani, de Humor, e Carlos Alves, de Sonoplastia, fizeram a leitura dramática do texto “Nome, Verbos e Objetos” de autoria do aprendiz de Dramaturgia Jairo Alves. 

A orientação ficou a cargo de Maria Shu, aprendiz que concluiu o ciclo de quatro módulos de Dramaturgia, em 2011, e a curadoria e supervisão, de Marici Salomão, coordenadora do curso de Dramaturgia da Escola. “Para quem não conhece, o SP Dramaturgias é um projeto de leitura dramática de textos escritos por aprendizes nas salas de aula. São aceitos também textos de autores de fora da Instituição, mas priorizamos o trabalho que se inicia com os aprendizes em aula. Aqui, a obra inédita, geralmente inacabada, é testada perante o público”, disse Marici, na apresentação da noite.

A leitura teve início na sequência, trazendo à cena um homem, sua mulher, um mendigo, o atendente de uma padaria e uma entrevistadora de RH. A trama se desenvolve num período de 24 horas, a partir do momento em que o homem sai de casa, dizendo que vai trabalhar mas, na verdade, sem que sua mulher desconfie, ele está mesmo é à procura de um emprego. O que ele fará para conquistar a vaga trará à tona e colocará em xeque as relações pessoais e profissionais que se desenrolam na sociedade contemporânea.

Com um enredo bem amarrado e dramaturgia cheia de potencial, o aprendiz Jairo Alves pode falar, ao final da leitura, do processo criativo e ouvir a opinião de quem estava na plateia. “O texto já vinha sendo trabalhado há algum tempo, mas foi depois de ler a peça ‘Amores Surdos’, de Grace Passô, que tive a ideia de usar as falas das personagens para antecipar algumas das ações da peça. Quer dizer, em alguns casos, essa narrativa antecipa; em outros não acontece exatamente aquilo que a personagem ‘previu’ que iria ocorrer”, contou o autor.

“Acho importante frisar que o dramaturgo não escreve para o umbigo. Ele escreve para um público, para uma realidade”, destacou Marici Salomão. “Pra mim, se não tivessem me dito que se tratava de uma leitura dramática, eu iria achar que tinha acabado de assistir a uma encenação completa, pronta. E gostei”, disse um dos participantes da plateia.

“O texto é potente. Pena que o tempo foi curto para que se trabalhassem todas as possibilidades sonoras que ele permite”, disse, com certo tom de lamento, o aprendiz Carlos Alves, de Sonoplastia. “Mas o Carlos surpreendeu muito. Chegou com uma maleta com equipamentos e instrumentos dos quais ele tirava o som na hora. Muito legal”, disse o diretor da leitura, o aprendiz Robson Salvador.

Por fim, Marici Salomão encerrou o debate antecipando o convite para a leitura do próximo mês. “Todos estão convidadíssimos”, falou.

Sobre o SP Dramaturgias
Lançado em junho de 2012, o SP Dramaturgias realiza leituras mensais de textos dramáticos, em sessões gratuitas e abertas ao público. Esses textos também podem ser de autores que não façam parte da Escola, contanto que sejam inéditos. A seleção das obras a serem lidas se pautará em critérios artísticos (textos que dialoguem com questões da contemporaneidade, quer na forma, quer no conteúdo) e pedagógicos (a partir de demandas e questões oriundas do trabalho desenvolvido entre formadores e aprendizes na Escola). Os interessados em participar devem enviar seus textos para o e-mail: [email protected]. Os selecionados serão lidos por aprendizes e formadores da Instituição.

 

 

Texto: Majô Levenstein

 

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