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Na Ponta dos Pés

Publicado em: 11/06/2013 |


Cléo De Páris, em cena de “Vestido de Noiva”, com Os Satyros, usando figurino que remete a seus dias de bailarina (Foto: André Stéfano)
 

Não há dúvidas de que o balé e o teatro são artes “irmãs”. Prova disso é que não são poucos os bailarinos que trocaram as sapatilhas e o palco de balé pelas coxias.
 
Símbolo deste “intercâmbio artístico” é o bailarino russo naturalizado americano Mikhail Baryshnikov. Em 1977, ele recebeu uma indicação para o Oscar de Ator Coadjuvante e para o Globo de Ouro por seu trabalho como a personagem Yuri Kopeikine, no filme “O Ponto de Mutação”. Já em 1985, estrelou o longa-metragem “O Sol da Meia-Noite”, ao lado do dançarino e ator americano Gregory Hines, outro que alterna os palcos e as sapatilhas com os sets de filmagens.
 
Em terras brasileiras, as mulheres dominam este assunto, como a atriz Regina Duarte, que descobriu que fotografava bem no vídeo durante a gravação de uma apresentação de balé. Incentivada pela professora, foi cursar teatro. Cláudia Raia teve história parecida. Na escola de balé da mãe, Odette, em Campinas, deu, literalmente, os primeiros passos como bailarina. Depois de estudar balé em Nova York, acabou se especializando em musicais e daí para a TV foi um pulo ou, como se diz no balé, um grand jeté.
 
Cléo De Páris, coordenadora do Programa Kairós da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco e atriz da Cia. de Teatro Os Satyros, lembra que calçava sapatilhas em seu début nos palcos. “Comecei a fazer balé aos 5 anos e continuei até os 14. Foi o primeiro contato com a arte, com o palco. Foi no balé que entendi que poderia ser outra pessoa em cena. Tive uma professora ótima, chamada Kátia, e fazíamos personagens, mesmo enquanto dançávamos! Na apresentação final de um determinado ano, dançamos composições de Villa-Lobos. Teve um momento em que a professora decidiu colocar umas frases pra algumas meninas falarem sobre a vida do autor. E eu fui uma das escolhidas pra falar. Quase morri de medo, mas na hora achei mágico usar minha voz no palco, além do meu corpo! Comecei a pensar nisso, a ler e me informar sobre teatro e nunca mais abandonei as sapatilhas…”, conta Cléo.
 
Outras atrizes que começaram calçando sapatilhas foram: Totia Meireles, Sophie Charlotte, Betty FariaAngela Vieira e Cláudia Mauro. Em comum, todas revelam que, mesmo atuando na TV, no cinema e nos palcos, mantêm a forma… praticando balé. Um, dois; um, dois; um dois.
 



 

Texto: Esther Chaya Levenstein

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