Aprendizes em experimento na SP Escola de Teatro: projeto pedagógico estimula autonomia
O curso de pós-graduação em Pedagogia Social da University of Eastern Finland, na cidade de Joensuu, estuda, atualmente, o projeto pedagógico da SP Escola de Teatro. Isso porque a socióloga e pedagoga social Sanna Ryynänen, que ministra o curso, trabalha com um artigo sobre a Instituição publicado na revista britânica Routledge.
A publicação da editora Taylor & Francis foi escrita pelo diretor executivo da Escola, Ivam Cabral, e pelo coordenador do Curso Regular de Direção, Rodolfo García Vázquez. “A Brazilian pedagogical project for the teaching of the arts in the twenty-first century” (“Um projeto pedagógico brasileiro para o ensino das artes no século XXI”, em tradução livre) relata as origens da SP Escola de Teatro e, é claro, o sistema pedagógico criado pelos artistas-fundadores.
O ensino na Escola se destaca por estimular uma autonomia com base no conceito de Paulo Freire. A ideia é colocar em prática a máxima que diz que aquele que ensina também aprende, e aquele que aprende também ensina. Há, ainda, influências do geógrafo Milton Santos e do ambientalista suíço Fritjof Capra. A íntegra do artigo pode ser lida no site da editora.
Esta não é a primeira vez que a esfera educacional da Finlândia demonstra interesse na SP Escola de Teatro. Em 2013, artistas finlandeses fizeram residência artística na Instituição. Depois disso, a Escola firmou parceria com a Universidade das Artes de Helsinki, que estuda importar o modelo pedagógico aplicado no Brasil.
Durante este período, representantes da SP Escola de Teatro visitaram a Finlândia e receberam, no Brasil, profissionais finlandeses para ações de aproximação e planejamento da parceria internacional. Em sua última vinda, os escandinavos visitaram o Jardim Pantanal, área periférica da cidade de São Paulo. A ideia é promover trocas que incluam artistas da região.
