Morreu no último sábado, 2, a lenda do teatro britânico Peter Brook, um dos diretores mais influentes do século 20. O professor de teatro de origem britânica, que passou grande parte de sua carreira na França dirigindo o teatro parisiense Les Bouffes du Nord, reinventou a arte da direção ao privilegiar formas sóbrias sobre os cenários tradicionais.
Nascido em Londres, em 21 de março de 1925, este filho de imigrantes lituanos judeus assinou a primeira produção aos 17 anos. Durante sua carreira, liderou importantes instituições como o Royal Opera House de Covent Garden. E dirigiu atores como Orson Welles e Laurence Olivier.
Sua produção teatral considerada a mais ambiciosa foi o Mahâbhârata, um espetáculo de nove horas baseado na história épica indiana, que recorria a fogo correndo sobre a areia e chuveiro de flechas no palco para representar batalhas britânicas. Tipicamente, ele respondeu ao sucesso da produção mudando o rumo, e partindo para jornadas mais introspectivas.
Em 2019, Peter Brook foi homenageado na Espanha com o Prêmio Princesa das Astúrias das Artes, na condição de “mestre de gerações”.