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Morre, aos 71 anos, o diretor e iluminador Iacov Hillel

Publicado em: 02/06/2020 |

o diretor e iluminador Iacov Hillel morreu em Santo André, em decorrência de um câncer. Foto: Reprodução

Morreu nesta terça-feira, aos 71 anos, o diretor de teatro e iluminador Iacov Hillel, em decorrência de um câncer de figado. Ele estava internado no Hospital Cristóvão da Gama, em Santo André.

Iacov era professor na Escola de Arte Dramáticas da USP e foi diretor do Teatro Municipal do Rio de Janeiro.

Em 2011, em entrevista ao site da SP Escola de Teatro, Iacov Hillel falou de suas memórias sobre o teatro e as influências em sua carreira. Confira:

Lembra da primeira peça a que assistiu? Como foi?
A primeira peça que lembro ter visto foi “Pluft, o Fantasminha”, aos 5 ou 6 anos de idade, no Teatro Leopoldo Fróes, e achar que eu deveria estar fazendo teatro porque já sabia como era para ser feito

Um espetáculo que mudou o seu modo de ver o teatro.
São tantos que neste momento… lembrar de alguns será esquecer de outros. “Morte e Vida Severina” do Tuca, grupo que depois passei a integrar… As peças do teatro de Arena, do Teatro Oficina … Os espetáculos de Maria Esther Stockler – “Rito do Amor Selvagem”; os espetáculos de Victor Garcia – “Cemitério de Automóveis” e “O Balcão”. E muitos outros… Os Dzi Croquettes

Um espetáculo que mudou a sua vida.
Quando eu tinha uns 8 ou 9 anos, havia uma programação no Teatro Municipal de São Paulo chamada Concertos Mercedes-Benz, todos os domingos às 10 horas da manhã, que era transmitida ao vivo pela extinta TV Tupi Canal 3. Era a programação que o teatro apresentava durante a semana – com ingressos gratuitos aos domingos – meu pai me levava a todos eles e portanto os grandes concertos, as grandes operas, os grandes balés… Assisti a tudo isto muito jovem e isto veio a ser a minha iniciação artística e cada um deles ficou impregnado em minha memória. E forjou meu gosto.

Você teve algum padrinho no teatro? Se sim, quem?
Não tive padrinhos mas tive grandes mestres – Eugenio Kusnet, com quem tive aulas dos 16 aos 21 anos, Flávio Rangel, de quem fui assistente em “A Capital Federal”, Fernado Arrabal, com quem trabalhei em “Torre de Babel”, Jacó Guinsburg, meu professor na ECA junto de Sábato Magaldi, Marilena Ansaldi, grande mestra de dança, que dirigi anos depois, Myriam Muniz, amiga de muitos anos, e tantos outros que aqui seria uma injustiça esquecer deles

Existe peça ruim ou o encenador é que se equivocou?
Diz um velho ditado que o sucesso é mérito dos atores e o fracasso é culpa do diretor!!!
Como seria, onde se passaria e com quem seria o espetáculo dos seus sonhos?
Como diria a Fernanda Montenegro: teatro não dá muito futuro, mas dá um passaaaaado!!!

O teatro está vivo?
Sempre.




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