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Maria Alice Vergueiro, a “velha dama indigna”, Inicia Residência na Escola

Publicado em: 18/03/2013 |

 

Maria Alice Vergueiro convida a todos os aprendizes e ex-aprendizes a participarem de sua residência na Escola
(Foto: Reprodução)

Não é mentira! A partir de 1º de abril e até novembro, a atriz e diretora Maria Alice Vergueiro inicia, com sua companhia, o Grupo Pândega de Teatro, uma residência na SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco.

O objetivo desse processo de criação e pesquisa cênica é a elaboração da nova montagem da trupe de Maria Alice. Essa residência pretende absorver aprendizes de todos os Cursos Regulares, além de ex-aprendizes e artistas convidados.

 
As inscrições já estão abertas aos interessados, que devem encaminhar uma carta de interesse e apresentação para o e-mail: [email protected]. Nela, ainda deverá estar explícita a área de interesse: atuação, cenografia e figurino, técnicas de palco, humor, dramaturgia, direção, iluminação e sonoplastia.
 
Detalhe: os aprendizes matriculados e selecionados para a residência e que recebam a Bolsa Oportunidade do Projeto Kairós, ainda poderão utilizar a atividade como contrapartida de Processo de Criação. Já os aprendizes do Curso Regular de Técnicas de Palco poderão usar as horas do projeto como parte de seu Estágio Obrigatório.
 
Clique aqui para assistir ao vídeo de Maria Alice Vergueiro sobre sua residência na Escola.
 
Sobre Maria Alice Vergueiro
Um dos maiores nomes do teatro nacional ainda em plena atividade, Maria Alice Vergueiro estreou nos palcos, em 1962, em “A Mandrágora”, sob a direção de Augusto Boal. Na mesma década, passou a fazer parte do Teatro Oficina, onde atuou, entre outros espetáculos, na histórica montagem de “O Rei da Vela”, de Oswald de Andrade, com direção de José Celso Martinez Corrêa. Também atuou com o grupo americano Living Theatre, quando este passou em turnê pelo Brasil. Nos anos 70, fundou, com Luiz Roberto Galizia e Cacá Rosset, o Teatro do Ornitorrinco. É conhecida no teatro paulistano como dama do underground ou “velha dama indigna”. E marcou presença em alguns dos mais importantes espetáculos do teatro da cidade, nos últimos 40 anos, como “Mahagony Songspiel”, dirigido por Cacá Rosset, e “Electra Com Creta”, dirigido por Gerald Thomas.
 
Além de atriz do Teatro do Ornitorrinco, foi assistente de direção de Cacá Rosset em “Sonho de Uma Noite de Verão” e, em 1992, além de dirigir, atuou no espetáculo “O Amor de Dom Perlimplim com Belisa em seu Jardim”, de Federico García Lorca, inaugurando o Núcleo 2 da companhia. Voltou à direção em 1995, com a peça “Quíntuplos”, com Christiane Tricerri e Luciano Chirolli no elenco. Em 2002, afastada do Ornitorrinco, adaptou “Mãe Coragem”, de Bertolt Brecht, no qual atuou sob a direção de Sérgio Ferrara
 
Recentemente, ficou mais conhecida da nova geração ao estrelar o curta-metragem “Tapa na Pantera”, dirigido por Esmir Filho, Mariana Bastos e Rafael Gomes, no qual interpreta uma senhora que fuma maconha e fala sobre suas experiências com a droga, uma personagem criada pela própria atriz. O curta foi um dos estouros de audiência na internet. 
 
Em agosto de 2010, Maria Alice Vergueiro voltou aos palcos, dirigindo e atuando, ao lado de Luciano Chirolli e Pascoal da Conceição, de seu Grupo Pândega de Teatro, o texto “As Três Velhas”, de Alejandro Jodorowsky.  Agora, aos 78 anos, ela se prepara, cheia de gás, para a residência na SP Escola de Teatro: “Tenho certeza de que iremos desenvolver um trabalho maravilhoso na Escola. É nóis, moçada!”.
 
“A presença da Maria na Escola só tem a acrescentar aos formadores e aprendizes. Estou muito curioso para saber o que vem por aí”, celebra Ivam Cabral, diretor executivo da Instituição.



Texto: Majô Levenstein

 

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