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José Mayer por Antonio Leão da Silva Neto

Publicado em: 04/10/2012 |




José Mayer, que completou ontem 63 anos de idade, em cena para o calendário 2013 da campanha Cabeleireiros Contra Aids

 

Em seu dicionário “Astros e Estrelas do Cinema Brasileiro”, escrito para a Coleção Aplauso da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, Antonio Leão da Silva Neto elenca nomes relevantes das telonas nacionais (para ler a obra completa, clique aqui). Dentre eles, está o ator José Mayer, que completou ontem (3) incríveis 63 anos.

Com extensa carreira na TV, onde se acostumou a papéis do tipo sedutor, José Mayer também leva na bagagem importantes trabalhos no teatro. O último deles, por sinal, foi o musical “Um Violinista no Telhado”, sucesso de público e bilheteria, que lhe rendeu elogios rasgados e prêmios da crítica especializada. Aliás, por conta da personagem no tablado, seu visual em sua última novela, “Fina Estampa”, na Globo, causou, de início, certa estranheza no público, ao vê-lo de barba e cabelos crescidos, bem diferente de sua habitual figura em cena. Foi essa a condição do ator para aceitar o papel na TV: a de que sua personagem, o malandro Pereirinha, incorporasse a cabeleira e a longa barba do judeu Tevye, de “Um Violinista no Telhado”.

Além deste musical, José Mayer também protagonizou outras montagens teatrais de sucesso, como “Senhorita Júlia”, de August Strindberg, que encenou em 1991, ao lado de Lu Carion e Andréa Beltrão, sob direção de William Pereira; “Closer – Mais Perto” (2000), de Patrick Marber, com Renata Sorrah, Marco Ricca e Guta Stresser, dirigido por Hector Babenco, e o musical “Um Boêmio no Céu” (2007), escrito pelo compositor Catullo da Paixão Cearense e dirigido por Amir Haddad, no qual ele também soltou a voz, na pele do tal boêmio do título, que também é um trovador.

A seguir, confira o verbete escrito por Antonio Leão da Silva Neto sobre José Mayer:

“José Mayer Drummond nasceu em Jaraguagu, MG, em 3 de outubro de 1949. Filho de pais pobres, a mãe cabeleireira e o pai enfermeiro, começa sua carreira fazendo teatro estudantil em 1968, em Belo Horizonte. Durante o ensaio geral de sua primeira peça, “Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come”, é apedrejado pela repressão política. Nessa época, cursa o primeiro ano da Faculdade Federal de Filosofia e Letras. Formado, ganha a vida dando aulas, fazendo teatro paralelamente. Em 1977 tem sua primeira experiência na televisão, no “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, como o Burro Falante. Em 1983 tem sua grande chance na TV, na minissérie “Bandidos da Falange”. Daí em diante, seus papéis vão crescendo e hoje é um dos principais atores do cast da TV Globo, participando de inúmeras novelas e minisséries, como “O Pagador de Promessas” (1988), “Tieta” (1989), “Meu Bem, Meu Mal” (1990), “De Corpo e Alma” (1992), “Pátria Minha” (1994), “A Indomada” (1997), “Meu Bem Querer” (1998), “Laços de Família” (2000), a minissérie “Presença de Anita” (2001), “Esperança” (2002), “Mulheres Apaixonadas” (2003), “Senhora do Destino” (2004) e “Páginas da Vida” (2006), como o galanteador Greg, “A Favorita” (2008), como Augusto César, e “Viver a Vida” (2009), como Marcos. Faz no cinema “Enigma para Demônios” (1974), “Idolatrada” (1983), “Mil e Uma” (1996) e mais recentemente “Bufo & Spallanzani” (2001), etc., dedicando sua carreira mais à televisão. É casado desde 1975 com a atriz Vera Fajardo e tem uma filha, Julia Fajardo (1984), atriz teatral. Ator excepcional, na vida pessoal é um homem simples, sossegado e equilibrado, preferindo a tranquilidade de sua casa às badalações do meio artístico”.

 

Texto: Majô Levenstein

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