
Cena do espetáculo “Parque São Rafael – Labirinto Selvático”. Foto: Toni William Cross
O Grupo Rosas Periféricas apresenta seu novo trabalho, “Parque São Rafael – Labirinto Selvático”, sobre as preocupações dos moradores desse bairro na zona leste com o futuro. Com direção e texto coletivos, a montagem encerra a “Trilogia Parque São Rafael”, iniciada pela trupe em 2014.
As duas peças anteriores – “Narrativas Submersas” e “Lembranças do Quase Agora” – recuperaram a história do bairro, desde a fundação na década de 1970, a partir dos relatos dos próprios moradores.
O novo trabalho revela o medo da comunidade sobre uma possível explosão do complexo petroquímico na região. Os vizinhos imaginam o que aconteceria logo depois dessa catástrofe e como eles reagiriam diante dessa situação.
A ideia é criar uma reflexão sobre as seguintes questões: como o poder público deixou a população morar em cima de uma bomba prestes a explodir? Nessa situação caótica, os personagens partiriam juntos para uma luta emancipatória, ou adotariam a máxima “salve-se quem puder”?
O processo criativo teve como referência bibliográfica a história de luta de mulheres como Carolina Maria de Jesus, Luiza Mahin, Dandara, Nise da Silveira e Nísia Floresta, além de obras de Carlos Marighella, Clarissa Pinkola Estés e Eduardo Galeano sobre temas como a reforma agrária, a luta por terra e a organização das sociedades matriarcais.
O elenco é formado por Everton Santos, Gabriela Cerqueira, Michele Araújo, Paulo Reis, Monica Soares, Rogério Nascimento, Nalva Medeiros e Sebastiana Gil. Fernanda Haucke assina a orientação cênica, e Zernesto Pessoa colaborou com a dramaturgia.
Serviço
“Parque São Rafael – Labirinto Selvático”, do Grupo Rosas Periféricas
Sede do Grupo Rosas Periféricas
Rua Martim Lumbria, 241, Parque São Rafael.
Sex. e Sáb., 19h. Até 17/12.
Grátis. Livre. 60 min