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Experimento do módulo Amarelo: chamado ao intercâmbio artístico

Publicado em: 02/09/2014 |

A Sede Roosevelt da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco testemunhou, no sábado (30), a primeira abertura de processo do Experimento deste semestre. Durante todo o dia, os oito núcleos formados por aprendizes de todas as áreas do módulo Amarelo (período matutino) compartilharam com o público suas investigações cênicas.

 

“Momento de maior efervescência no âmbito pedagógico e artístico da Escola”, como descreve o Experimento Ivam Cabral, diretor executivo da Instituição, esta é a fase do semestre letivo em que são compartilhadas as primeiras investigações cênicas dos aprendizes, envolvendo o Eixo Narratividade e o Material “Dinheiro e Poder no Brasil”.  Tratam-se de Experimentos Cênicos, entre aprendizes de áreas distintas, que se reúnem em prol de um projeto comum.

 

Diante dos desafios contemporâneos da narratividade no teatro e dos múltiplos desdobramentos que o Material ofereceu para os Núcleos, cada grupo mergulhou no processo de criação iniciado com as proposições da Dramaturgia, Cenografia e Figurinos e Técnicas de Palco. No Território Cultural do sábado (30), os núcleos mostraram seus trabalhos duas vezes, seguidas de debate com a plateia. Ainda assim, as aberturas de processo não carregam caráter de apresentação ou de resultado: “Interessa-nos muito mais o processo, o ato de fazer e suas implicações”, observa Ivam Cabral.

 

Núcleo 5 (Foto: André Stefano)

 

Outro fator importante a ser considerado é a escassez de tempo em que os Experimentos devem ser criados. No primeiro, por exemplo, são parcos dois dias.

 

“A experiência de dialogar com as diversas áreas que a Escola propõe na feitura dos Experimentos é superinteressante, porque permite que a gente saia da zona de conforto da nossa área de aprendizagem”, afirma Christian Moura, aprendiz de Dramaturgia.

 

De acordo com Marici Salomão, coordenadora do curso de Dramaturgia, “os Experimentos evocam os modos de criação horizontais, em que o texto não necessariamente tem precedência sobre o ato criativo e todas as instâncias da criação podem, desde o início do processo, oferecer contribuições ao fazer cênico”.

 

Debate do núcleo 8 (Foto: André Stefano)

 

Eis aí uma das ideias centrais no sistema pedagógico da Escola: todas as áreas têm responsabilidade sobre o processo criativo dos trabalhos conjuntos. Tal pressuposto é reforçado por Natalia Albuquerque, aprendiz de Iluminação do núcleo 2. “Nesse primeiro contato buscamos a narratividade na luz. Esse momento é fundamental para saber o que as outras áreas pensam. Todas vem com propostas e temos de desenvolver um trabalho em grupo”. “É o esboço de um processo criativo colaborativo”, define Denis Kageyama, seu colega de luz.

 

O espaço para debate, ao final das aberturas, também ocupa uma função primordial. Paula da Selva, aprendiz de Cenografia e Figurino do núcleo 6, diz achar “importantes quando são feitas críticas bem articuladas para nunca nos acomodarmos, acharmos que está tudo perfeito”.

 

Texto: Felipe Del

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