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Estudantes do curso técnico da SP se preparam para as apresentações da Mostra de Experimentos, que acontece em julho

Publicado em: 07/06/2022 |

Na sede Brás, núcleos se reuniram nesta terça-feira, 7, para planejamento da Mostra de Experimento. Foto: Comunicação/Adaap

Nesta terça-feira, 7, os estudantes do curso técnico da SP Escola de Teatro iniciaram as preparações para as performances da Mostra de Experimentos do primeiro semestre de 2022, que acontece no início de julho.

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Ao todo serão encenadas 16 montagens  de forma presencial (com público reduzido e com recomendação de uso de máscaras), entre os dias 5 e 12 de julho, nas duas unidades da instituição. Nos dias que antecedem as apresentações, os 16 núcleos formados por estudantes das oito linhas de estudo (atuação, cenografia e figurino, direção, dramaturgia, humor, iluminação, sonoplastia e técnicas de palco) recebem orientações dos coordenadores, formadores e artistas docentes para criação e elaboração dos projetos. Cada núcleo se apresenta ao menos três vezes durante a mostra, que terá entrada gratuita para o público em geral.

Ensaio no auditório da sede Brás da SP Escola de Teatro. Foto: Comunicação/Adaap

O material de estudo desse semestre está sendo a poética de rua, tema que trabalha questões relacionadas ao artista urbano e o seu lugar de ocupação/uso, que é a cidade. Em geral, o objeto de pesquisa tem sido as vivências e produções artísticas de Efigênia Rolim, Helio Leites, Zé Bolo Flô, Berna Reale e Leonardo Scantbelruy. Para o módulo azul o foco é na performatividade, já para o verde é personagem/conflito. A Mostra de Experimentos do primeiro semestre da SP Escola de Teatro acontece entre os dias 5 e 12 de julho, em ambas as sedes (Roosevelt e Brás), e é gratuita e aberta ao público.

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Saiba mais sobre os artistas que têm inspirado os estudantes a desenvolverem seus experimentos cênicos:

Zé Bolo Flô é um homem que viveu no Bairro do Beú, na década de 1960, e era considerado pelos moradoras da região um poeta andarilho. Começando sua vida como ambulante, ele vendia bolo no centro da cidade, com o passar do tempo sua persona vai se incorporando à paisagem urbana; de maneira que ele faz a própria produção poética através do contato com a cidade. Assim, esse personagem é um ícone da cultura cuiabana e se tornou uma figura que incorpora a poética da rua.

Efigênia Rolim – Mãe de 9 filhos, Efigênia Rolim um dia foi surpreendida por um papel verde de bala de hortelã que achou ser uma joia, a partir daí ela começou a trabalhar produzindo arte com o lixo. Onde muitos enxergavam apenas itens descartáveis e cotidianos, a artista começou a ver matéria-prima para bonecos, carros e múltiplas imagens fantásticas e fantasiosas. Atualmente é reconhecida como a rainha do Papel, por utilizar principalmente papel de bala nas suas esculturas, é tema de diversas produções acadêmicas nos cursos de Artes Visuais e Antropologia de diversas universidades brasileiras.

Hélio Leites é poeta, performer e bottom-maker, ele trabalha com objetos como caixinhas de fósforo, botões, rolhas, latas, madeira e restos de material entalhado que, por suas mãos, transformam-se em personagens que contam histórias, prendendo a atenção de crianças e adultos.

Berna Reale (nascida em Belém do Pará em 1965) é uma artista visual brasileira e perita criminal do Centro de Perícias Científicas do Estado do Pará. Por meio do uso de seu corpo em performances e instalações, propõe reflexão sobre o momento sociopolítico contemporâneo com especial ênfase na temática da violência. Reale estudou arte na Universidade Federal do Pará (Belém do Pará, PA) e participou de diferentes exposições (individuais e coletivas) no Brasil e também em outros países, como Alemanha, Portugal, Itália e Inglaterra. Integrou a representação brasileira na 56a Bienal de Veneza, realizada em 2015.

Leo Scantbelruy é um artista amazonense, que iniciou nas Artes Cênicas em 2010, na cidade de Porto Velho – RO, onde participou de grupos de teatro de rua, danças e ateliês de pinturas. Com mais de dez anos de atuação-formação contínua, entre processos criativos, colaborações, projetos e lutas, Leo segue sua caminhada que passa pela graduação em Licenciatura em Teatro pela Universidade do Estado do Amazonas (2018), ocupação e gestão do espaço criativo Casa passarinho no centro de Manaus, e agrupações Mona Coletiva, Associação Crioulas do Quilombo, Movimento Levante MAO, Mobiliza Cultura Amazonas, Triplicart.




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