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Colóquios 2013: O Caminho Pedagógico

Publicado em: 30/01/2013 |

O caminho pedagógico a ser percorrido pelos Cursos Regulares da SP Escola de Teatro – Centro de Formação das Artes do Palco neste semestre começou a ser trilhado ontem (29), com os colóquios 2013, que reunirão, durante toda esta semana, o corpo pedagógico da Instituição e professores e pesquisadores convidados. 

 

No primeiro encontro, pela manhã, o tema discutido foi “O Teatro Performativo”, que conduz o Módulo Azul (período matutino). Para tanto, a Escola recebeu Leandro Geraldo da Silva Acácio, ator/performer, pesquisador e professor, Mestre em Artes/Teatro pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com ênfase na pesquisa sobre performatividade, teatralidade e teatro performativo.

 

Durante as duas horas da reunião, foram debatidos vários pontos acerca do teatro performativo e a forma como esse gênero pode ser trabalhado. “É uma proposta inovadora. A Escola se mostra preocupada com questões do teatro contemporâneo. Esses encontros, que acontecem antes mesmo do início das aulas e reunindo diversos pontos de vista, demonstram a seriedade e o interesse em aprofundar as questões”, comenta Acácio. 

 

Ao final, os coordenadores, formadores e artistas convidados ainda foram surpreendidos por uma intervenção que serviu de boas-vindas. “Cegos”, performance coordenada por Marcos Bulhões e Marcelo Denny, levou os já conhecidos artistas do Desvio Coletivo de Performance e do Coletivo Pi vestidos em trajes sociais, com os olhos vendados e totalmente cobertos de argila, que caminhavam lentamente pelo prédio.

 

Depois da surpresa, no período da tarde, era hora de voltar os olhos para o Módulo Verde (período vespertino). Com o título “A Personagem na Linha do Tempo”, o colóquio teve como convidado o dramaturgo português Jorge Louraço Figueira, que, além de professor da Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, é crítico teatral do jornal Público, de seu país natal, e autor e tradutor de várias peças. Também ministrou um curso de Extensão Cultural na SP Escola de Teatro, no ano passado.

 

No encontro, Louraço falou sobre a relação entre narrador, autor, enredo e ações, a função das máscaras – no sentido mais amplo da palavra –, os diálogos, as “curvas” da história. Além disso, citou Fernando Pessoa, seu compatriota, apontando características de seus textos.

 

A performance “Cegos” pegou os participantes do colóquio de surpresa (Foto: Arquivo SP Escola de Teatro)

 

Ivam Cabral, diretor executivo da Instituição, transborda empolgação ao falar sobre o início de mais um semestre letivo. Em relação ao Módulo Azul, diz: “somos, talvez, a única instituição no Brasil que se dedica a um aprofundamento no teatro performativo. É o momento de sistematizar e propor novas coisas”. Quanto ao Verde, observa: “É sempre um desafio encontrar algo novo em formatos que já estão consolidados há muito tempo, mas existe um universo imenso de possibilidades e esse lugar do risco é fascinante”.

 

Segundo Ivam, os colóquios são “fundamentais para que possamos acertar cada vez mais nossa direção, eles nos provocam e fazem refletir. É um processo interno que existe para pensarmos uma formação consistente”.

 

As discussões sobre os encaminhamentos para o primeiro semestre prosseguem hoje, e envolvem os temas “O papel do artista pedagogo em processos de formação e criação teatral”, com a participação da professora Maria Lucia Pupo, e “As proposições de Lipovetsky”, com o escritor, professor Juremir Machado, que fala sobre o pensamento do filósofo francês.

 

 

Texto: Felipe Del

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